Reação

'Não há espaço para populismo', diz secretário de Zema sobre críticas de Kalil

Mateus Simões disse que o governo de Minas jamais fez acordo pelo fechamento de estabelecimentos comerciais, mas pontuou que a possibilidade não está descartada

Por Sávio Gabriel
Publicado em 18 de março de 2020 | 19:53
 
 
 
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Após o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), ter criticado publicamente o governador Romeu Zema (Novo) e ter afirmado que o Palácio Tiradentes havia recuado na decisão de fechar estabelecimentos comerciais para conter a propagação do coronavírus, o secretário geral do Estado e ex-vereador da capital mineira, Mateus Simões (Novo), rebateu as críticas, disse que o momento não era para “populismo” e que “ações irresponsáveis não levariam a lugar algum”.

Duas horas após acusar Zema de ter recuado no suposto acordo, Kalil divulgou nesta quarta-feira (18), em suas redes sociais, um decreto que fecha estabelecimentos comerciais, como bares, restaurantes e shopping centers, por tempo indeterminado.

Mateus Simões afirmou que, apesar de ter sido convidada, a Prefeitura de Belo Horizonte não participou de uma reunião ocorrida nesta quarta-feira, que contou com a presença de representantes de todos os poderes em Minas. “Na reunião foi definido que o momento, hoje, era de buscar adesão voluntária da população e dos empresários a um protocolo de distanciamento social rigoroso. Agora, pensar que uma solução dada por uma cidade sozinha vai resolver o problema, é muito pouco razoável”.

O secretário de Zema alfinetou o prefeito da capital mineira e disse que “disseminar pânico ou exigir ações irresponsáveis não vai nos levar a lugar nenhum”. “Numa crise de saúde pública como essa que estamos vivendo, não há espaço para populismo. O mais fácil é agir pelo clamor, pelo impulso, é não ouvir as partes interessadas e não analisar os dados”, disparou, acrescentando que “quem age de forma precipitada, acaba tendo que recuar”.

Mateus Simões ainda disse que Zema jamais firmou acordo pelo fechamento de estabelecimentos comerciais. “O governador nunca se comprometeu a decretar o fechamento, apesar de poder fazer isso em acordo com o governo federal”. A possibilidade, no entanto, não está totalmente descartada. “Ele (Zema) não tirou essa hipótese da mesa, e todo o setor produtivo sabe disso. Ele está agindo com responsabilidade com todos os mineiros. Nós não estamos falando de uma crise de meses”, pontuou Simões, reforçando que tomar atitudes “fora do momento” vai trazer mais sofrimento para a população.

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