A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffmann, está em Belo Horizonte e tem como um dos primeiros desafios construir alianças e estratégias para as eleições municipais do próximo ano. A petista evitou definir que o partido terá uma candidatura própria em Belo Horizonte e diz que é preciso ouvir os partidos aliados.
“Não podemos ter uma candidatura apenas para marcar posição. Temos que fazer uma candidatura para disputar”, disse. Segundo a parlamentar, é necessário uma aliança nacional, sobretudo nas capitais. Gleisi Hoffmann participou do quadro Café com Política, no programa O TEMPO NEWS, na Rádio FM O TEMPO, 91,7, nesta sexta-feira (19).
Para Gleisi Hoffmann, a conversa prioritária será direcionada aos partidos que compõem a Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PCdoB e PV. Porém, outros aliados que compõem a base do governo Lula também podem ser chamados para a mesa de negociação.
Questionada se existe a possibilidade do partido repetir a parceria que foi feita com o PSD para lançamento das candidaturas do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) para a prefeitura de Belo Horizonte e de Alexandre Silveira (PSD), hoje ministro no governo Lula, para a disputa ao Senado, Gleisi disse que é uma conversa ainda inicial e que não há nenhum acerto firmado entre as duas legendas.
Também em entrevista a FM O TEMPO, na última semana (12/05), Kalil, que não pode se candidatar novamente à prefeitura da capital, mas continua sendo um cabo eleitoral importante na disputa municipal, falou sobre as articulações em Belo Horizonte.
O ex-prefeito disse que as conversas ainda estão iniciando, mas confirmou que tem tido conversas com o senador Carlos Viana e disse que é necessário respeitar Fuad Noman (PSD), que foi seu vice na última gestão.
Erros
Seja qual for a posição do partido, segundo Gleisi o importante é que seja uma decisão rápida. Na avaliação da presidente do PT, o partido não pode repetir erros de outras eleições e deixar as articulações para o ano da eleição.
“Se vamos lançar candidaturas nas capitais, se vamos ter candidato em BH, temos que decidir logo quem vai ser o candidato e construir logo essa candidatura. Não podemos deixar para discutir no ano das eleições”, avalia.
O PT chegou a ter mais de 100 prefeituras em Minas durante o governo de Dilma Rousseff e nas eleições de 2020 esse número caiu para 28 prefeituras. Na avaliação de Gleisi, o fato do partido ter retornado à presidência da República é o caminho para reverter o quadro.
“As ações feitas pelo governo federal vão refletir nos municípios. Também a atividade econômica. O sucesso do PT local vai estar muito ligado ao sucesso do governo Lula”, concluiu.