O governador Fernando Pimentel anunciou nesta segunda-feira (13) ordens de serviço para a retomada de 52 obras que foram paralisadas na administração passada. Embora tenha demonstrado não querer polemizar sobre o tema, desde que divulgou um diagnóstico da situação do Estado, quando mencionou que haviam 500 obras paralisadas, a oposição cobra a lista das obras. Durante o anúncio, o Secretário de Estado de Obras e Transporte Público, Murilo Valadares, apresentou uma lista não com 500, mas 772 obras.
Dentre as obras que serão retomadas, os destaques são os hospitais regionais de Governador Valadares e Teófilo Otoni. A ampliação das cadeias públicas de Alfenas, Divinópolis, Itajubá e Montes Claros, o que representará mais 1.128 vagas no sistema prisional mineiro também estão na lista, além dos terminais metropolitanos do Move e em escolas estaduais.
As obras vão demandar investimentos de R$ 426,4 milhões e se somam a outros R$ 401 milhões que já haviam sido autorizados no início de maio para recuperação, manutenção e projetos para as estradas estaduais mineiras.
Segundo Pimentel, “quando fazemos um anúncio de reinício de obras, queremos em primeiro lugar dar transparência à gestão pública para que o cidadão e a cidadã de Minas Gerais saiba o que aconteceu, o que está acontecendo e o que vai acontecer em Minas Gerais”.
Ainda segundo ele “governo é para resolver problemas e não é para criar problema uns para os outros, para levantar problema para a Assembleia, Câmara Federal, Governo Federal, colocar problema no colo dos prefeitos. Aí não funciona. Se tem um problema, encontra a solução e vamos solucionar”, afirmou.
Ele lembrou que o Estado vive uma situação delicada financeiramente, e que não é possível retomar todas as obras de uma só vez, mas prometeu retomar todas elas. “Estamos com déficit, com grande dificuldades, mas isso não significa manter o problema. Vamos começar a resolver. Não dá para retomar as 772 obras de uma vez, mas vamos listar as mais necessárias, impactantes ou que correm risco de perda de serviço e retomá-las primeiro”, explicou.
Murilo, por sua vez, frisou que a listagem com 772 obras que estavam paralisadas quando a nova gestão assumiu está disponível no site da Secretaria que comanda. De acordo com ele “para evitar mal-entendido, excluímos pequenas obras e desconsideramos nesse cálculo 322 trechos de rodovias do Pro-MG. São mais de seis mil quilômetros a serem recuperados. Mas desconsideramos para evitar polêmica”, revelou.
Oposição reclama
Em nota enviada no início da noite pelo bloco de oposição 'Verdade e Coerência', a lista de obras paralisadas teria "apenas 32 de fato paralisadas pela gestão anterior, todas elas em função do não repasse de recursos pelo governo federal".