Vivendo um estrangulamento financeiro após a prisão do ex-presidente, o Instituto Lula precisou se readequar ao momento. “Demitimos gente”, diz Paulo Okamotto. Segundo o presidente do instituto, houve cortes de pessoas na faxina, na manutenção e na direção.
Petistas que acompanharam Lula desde a fundação do PT e que exerciam cargos remunerados na direção da instituição foram desligados, caso de Clara Ant, que cuidava da agenda e de subsídios, Luiz Dulci, que tratava de movimentos sociais, e Paulo Vanucchi, que fazia ações na área de direitos humanos. Hoje eles só atuam de maneira voluntária e esporadicamente. Antes, recebiam cerca de R$ 20 mil.
Com a crise, sobrou para o PT bancar um auxiliar para Lula em Curitiba. Um funcionário da sigla, chamado Marco Aurélio, mudou-se para o Paraná para dar suporte às necessidades do ex-presidente.
Sua função é receber e-mails de familiares, amigos e correligionários do petista, imprimir e levar aos dois advogados que visitam Lula diariamente. Eles entregam ao petista, que responde à mão. Esses manuscritos são levados para Marco Aurélio, que tira uma cópia e envia por e-mail para os destinatários.