O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, negou que pretende se candidatar à Presidência da República em 2022. Em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, no "Jornal da Band" da noite desta segunda-feira, 8, Moro descartou a possibilidade de disputar a sucessão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e afirmou que o foco dele é aprovar as medidas conhecidas como "lei anticrime". 

"O objetivo é aprovar esse projeto (lei anticrime) e, paralelamente, realizar medidas executivas, contra  corrupção, crime organizado, crimes violentos. Nem penso nisso (candidatura), ainda estamos em 2019", afirmou. 

A tramitação da lei anticrime no Congresso não preocupa o ministro, que entende que não há uma concorrência do texto com a reforma da Previdência. "Tratar da segurança pública e da Justiça também é atender aos anseios da população. Não vejo incompatibilidade entre um e outro, mas quem vai decidir isso é o Congresso", defendeu. 

Moro também falou sobre a pesquisa Datafolha divulgada no domingo, 7, que apontou que o ministro é conhecido por 93% dos entrevistados, e tem sua gestão à frente da Justiça considerada boa ou ótima por 59% das pessoas. O número faz dele o ministro mais bem avaliado do governo Bolsonaro. 

"Eu acho que pesquisas são muito relativas. De todo modo, é claro que ela me traz felicidade, mas eu acho que é uma aprovação do projeto. Eu me propus, ao assumir o ministério, de ser firme contra a corrupção, contra o crime organizado e contra crimes violentos. Esse projeto só tem ido adiante porque tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro", afirmou.