O Atlético está próximo de anunciar seu mais novo reforço para a temporada de 2025. O atacante João Marcelo, de apenas dezenove anos, foi contratado junto ao Guarani e chega para ser mais uma opção no recheado ataque atleticano.
Jovem e sem muito destaque nos grandes torneios, o torcedor atleticano ficou curioso para saber mais sobre o atleta. Por isso, a reportagem de O TEMPO Sports conversou com Lucas Rossafa, jornalista e setorista do Guarani e da Ponte Preta, que acompanhou de perto os primeiros passos da carreira profissional do jovem atacante.
João Marcelo chegou ao Guarani em agosto de 2024, para integrar a equipe sub-20, vindo do Tanabi, outro clube do interior paulista. Inicialmente, a ideia do clube campinense era utilizar o atleta como reserva, mas ele passou a marcar muitos gols e foi chamado para integrar a equipe profissional.
Lucas descreve o atacante como oportunista e cita, também, o pivô como uma de suas grandes características. “É um atleta que precisa de poucas oportunidades para fazer gol. É um camisa nove, mas não é um pivô bruto, sem habilidade. Tem bastante mobilidade, não é veloz, mas não é lento. É um atleta de força, faz muito bem o pivô. Se você observar, os gols dele não, ele não pega os adversário de frente. Ele recebe a bola, vai pra cima, corta e chuta. Ou acontece um cruzamento e ele chega batendo. Ele tem um pensamento e uma tomada de decisão muito rápida. Isso dificultou demais por exemplo a equipe do Mirassol, com jogadores experientes como David Braz e Muralha”, explicou o jornalista.
O jogador chegou a morar nas dependências do clube, no famoso estádio Brinco de Ouro da Princesa. Durante os sete meses em que esteve no clube, João Marcelo recebia um salário de R$ 1,5 mil, valor que justifica a multa de R$ 3 milhões paga pelo Atlético para contratar o atacante.
A falta de um camisa dez para auxiliar o jovem jogador durante o Campeonato Paulista impediu, ainda mais, João Marcelo de mostrar suas principais características. Lucas explica que ele pode, também, atuar pelo lado do campo. “De certa forma lembra o Yuri Alberto. É um atacante que precisa de poucas chances para botar a bola na rede. Recebe muita bola em profundidade para fazer o facão e chegar batendo cruzado. Faltou para o Guarani um camisa 10 no Paulista para alimentá-lo, se não ele teria feito muito mais gols. Ele chegou a jogar aberto, mas não é muito a dele. Se encaixa como um segundo atacante, mas a principal função é nove”, disse.
No time profissional do Guarani, João Marcelo atuou em 12 partidas, marcando 4 gols e dando duas assistências. Já no sub-20, o atacante fez 5 gols em 5 jogos, inclusive contra o próprio Atlético, na Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano.
Negociação
João passou a quarta-feira (5) em Belo Horizonte, junto de seus representantes. Ele conheceu a Cidade do Galo e toda a estrutura do clube. Já na parte da noite, foi até o Mineirão, onde acompanhou em um dos camarotes do Atlético a vitória contra o Manaus por 4 a 1, pela segunda fase da Copa do Brasil.
Segundo apurou a reportagem de O TEMPO Sports, o Atlético pagou cerca de R$ 3 milhões pelo atacante, valor previsto na multa do atleta. Além disso, alguns jogadores da base do Galo irão para o clube campinense, que também vai ficar com 10% do valor de uma venda futura. João Marcelo deve assinar um contrato até 2029 com o Galo
O Corinthians tentou atravessar a negociação do atacante, mas seu staff optou por manter a palavra que tinha dado para a diretoria do Atlético e, pelo fato do clube mineiro ter chegado antes na negociação, fechou com o clube mineiro.