Foi sofrido, mas o Cruzeiro fez o necessário para sair da zona de rebaixamento da Série A do Campeonato Brasileiro. Venceu o Fortaleza por 1 a 0, neste sábado (18), no Castelão. O gol de Bruno Rodrigues garantiu a pontuação que tira a Raposa da zona de rebaixamento. Com 40 pontos, o time saltou para o 16º lugar e empurrou o Bahia, com 38, para a 17ª colocação.
O triunfo estrelado na capital cearense interrompe a sequência de três reveses seguidos, para São Paulo (1 a 0), Internacional (2 a 1) e Coritiba (1 a 0). Além disso, renova o fôlego e o ânimo do grupo para mais uma 'decisão' contra a degola. Quarta-feira (22), a Raposa recebe o Vasco, às 19h, no Mineirão, em compromisso atrasado da 33ª rodada. O cruz-maltino é o 15º colocado, com os mesmos 40 pontos estrelados, mas com uma vitória a mais: 11 a 10.
O jogo da semana que vem é disputa direta para se safar da queda. Para além do desafio natural do embate, a partida será com portões fechados, porque torcedores de duas facções cruzeirenses invadiram o Durival de Britto, na capital paranaense, na derrota para o Coritiba por 1 a 0, e protagonizaram cenas de violência e vandalismo. Diante disso, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinou que a Raposa jogue em casa e fora com arquibancadas vazias, até o fim do Brasileirão.
"O tamanho dessa vitória (contra o Fortaleza) só será dimensionado se ganharmos o próximo jogo. Ele pode ser curto ou enorme. Não adianta ganhar aqui (em Fortaleza) e não o próximo jogo. Eu poderia responder isso melhor depois do jogo que nos falta fazer (contra o Vasco)", ponderou o técnico Paulo Autuori após o triunfo sobre o clube cearense.
Em contrapartida, o comandante da Raposa faz alerta para a reta final do Brasileirão. "Se a gente tiver a coragem que tivemos hoje (neste sábado), entendendo que faltam cinco jogos... Temos de competir. Não vamos jogar bola, vamos jogar futebol de alta competição. Não posso querer que a equipe faça agora o que deixou de fazer ao longo da temporada", observou.
Quando se remete à trajetória estrelada no ano, Autuori realça a campanha ruim no Brasileirão. Em 33 partidas, o time venceu dez, empatou outras dez e foi superado em 13 confrontos. Dos 99 pontos possíveis, conquistou 40, desempenho de 40,40%. Os números comprovam que algo não funcionou bem na Toca
II. Por isso, o comandante azul sabe que a reta final será uma espécie de tudo ou nada.
"Agora, é buscar as coisas da maneira mais efetiva e mais eficaz possíveis. Falei que fizemos jogos interessantes, mas deixamos de ser eficazes. No futebol de alta competição, eficácia é fundamental, ela que vai traduzir a verdade do placar. Então não tem: 'ah, jogamos muito e perdemos de 1 a 0, é injustiça'. Não. Há eficiência e eficácia e, hoje, fomos", argumentou Autuori.