Paralisação

Jogadores do Cruzeiro cumprem promessa de greve e não se apresentam na Toca

Os únicos atletas que foram ao CT são aqueles que se recuperam no departamento médico

Por Josias Pereira e Gabriel Moraes
Publicado em 14 de outubro de 2021 | 15:50
 
 
 
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Os jogadores do Cruzeiro cumpriram o que prometeram em carta divulgada e não se apresentaram na tarde desta quinta-feira (14) na Toca da Raposa II, centro de treinamentos do clube, em Belo Horizonte.

O elenco iniciou uma greve em protesto aos seis meses de salários atrasados, que abrangem não só o futebol, mas todo o funcionalismo do clube.

A reportagem do Super.FC foi até a porta da Toca nesta tarde, onde, pela programação, era esperada a reapresentação do elenco. No local, alguns funcionários que participam diretamente do futebol já haviam ido embora, assim como atletas que frequentam o departamento médico, como Marcinho e Wellington Nem.

O técnico Vanderlei Luxemburgo esteve no clube durante a manhã. O auxiliar Beletti também foi visto saindo de lá.

A direção do Cruzeiro ainda não se posicionou sobre o assunto, e a paralisação ainda não tem data para acabar. Veja o que se sabe AQUI.

Entenda o que acontece no Cruzeiro

O Super.FC selecionou alguns pontos que levaram os jogadores a se opor ao presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, e anunciar greve na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro. Entenda nos tópicos abaixo.

1. Salários atrasados

Há bastante irritação com os salários atrasados no futebol profissional e nas categorias de base – os atletas anunciaram greve por causa das pendências. Jogadores e colaboradores estão incomodados com os até seis meses sem pagamentos.

2. Postura do presidente

A situação financeira é incômoda, mas não é o único fator motivador para a crise. Os jogadores se irritam também com a postura do presidente. Em meio à maior crise financeira da história do clube, o dirigente esteve na Europa em duas oportunidades – a primeira para participar de um curso da Fifa em Madri, na Espanha, e a segunda para ministrar uma palestra sobre gestão no futebol, em Lisboa, capital de Portugal.

3. Promessas não cumpridas

As promessas não cumpridas a treinadores também incomodam internamente. Luiz Felipe Scolari deixou o clube porque o presidente disse que manteria os salários em dia durante a sua passagem, o que não aconteceu. O cenário se repete com Vanderlei Luxemburgo, contratado em agosto deste ano. Depois de prometer a manutenção das contas em dia, o mandatário vê dificuldade para honrar com a sua palavra ao técnico.

Leia mais aqui e veja os oitos pontos que levaram o Cruzeiro à greve

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