Após dois tropeços do Cruzeiro neste início de Mineiro, com empate com Athletic e derrota para o América, Paulo Pezzolano, técnico da Raposa, começou a receber críticas de parte a China Azul, em especial, por não vencer clássicos, desde o ano passado. O treinador disse entender a torcida e até já projeta o duelo com o arquirrival Atlético.

"Sabemos que no ano passado tem muita diferença. Não podemos comparar. É um clássico, é história. Mas no ano passado tínhamos jogadores que queriam fazer o que queriamos, mas não estávamos equilibrados", iniciou Pezzolano, lembrando o fato de que todos os clássicos do ano passado foram disputados ainda nos primeiros meses do ano (derrota para América e uma para o Atlético).

Entretanto, na visão do treinador, mesmo os tropeços nos clássicos foram positivos para a evolução do grupo que depois viria a conquistar o título da Série B. "Em clássico no ano passado, o resultado foi negativo, mas nós ganhamos muito mais do que resultado. Ganhamos muito depois. Tanto que fizemos um time que sobrou na Série B. Às vezes só olhamos o resultado", destacou.

Para Pezzolano, até mesmo no sábado (4), diante do América, o time poderia merecer melhor sorte, mas nem isso alteraria o rumo de seu trabalho. "Se tivéssemos feito o gol primeiro que o América, poderíamos ter ganhado, mas também não teria sido tudo perfeito, como também não teria sido um desastre, como se pode pensar depois de perder".

"Neste sentido, não importa o resultado do clássico. Não é assim. Por que? Porque há muita diferença. Ainda estamos escolhendo os melhores jogadores para cada jogo, para seguir crescendo os jogadores no dia a dia", acrescentou.

O comandante celeste também já projetou o duelo com o Atlético, pela quinta rodada do Estadual. "Agora vamos pro outro clássico e se não ganharmos podem falar: 'poxa, outro clássico perdido'.... Mas há muita diferença. Havia muita diferença (no ano passado), ainda há muita para o Atlético Mineiro. Quem quer escutar isso, escuta, quem não quer, não escuta. Mas é uma realidade", cravou.

Mas isso não significa que o treinador 'jogará a tolha'. Muito antes pelo contrário. "Tem que estar dentro de nós. Vamos entrar (no clássico) e deixar 100%, como fizemos hoje (diante do América), mas tudo tem um limite", finalizou.

Antes de encarar o Atlético, o Cruzeiro volta a campo já na próxima terça-feira (7), para enfrentar o Pouso Alegre, às 21h30, no Independência.