Marco Antônio Ribeiro, nascido em 13 de junho de 1965, em Paulo de Faria, interior de São Paulo, ficou nacionalmente conhecido como Marco Antônio Boiadeiro. O apelido veio da infância e foi reforçado no futebol: quando chegou para fazer um teste no Botafogo-SP, em 1980, usava calça jeans, fivela grande e bota de bico fino. O visual de peão o acompanhou por toda a carreira — e virou marca registrada. O Lance! te conta por onde anda Marco Antônio Boiadeiro.

Aprovado entre dezenas de garotos, começou nas categorias de base do Botafogo-SP, onde também atuaram nomes como Raí. Subiu ao profissional em 1984 e teve bom desempenho durante três temporadas, disputando 269 partidas e marcando 21 gols. Ainda jovem, despertou o interesse de clubes maiores.

Guarani, Vasco e o auge no Cruzeiro

Em 1986, Boiadeiro foi contratado pelo Guarani, clube que vivia grande fase após o título brasileiro de 1978. No ano da sua chegada, o time de Campinas chegou à final do Brasileirão e perdeu o título nos pênaltis para o São Paulo. Boiadeiro teve papel importante no time, consolidando-se como um meio-campista técnico, com boa chegada ao ataque e visão de jogo.

Três anos depois, transferiu-se para o Vasco da Gama, onde viveu um dos momentos mais marcantes da carreira. Com a camisa cruz-maltina, foi campeão brasileiro de 1989, vencendo o São Paulo na final — ironicamente, o mesmo rival da decisão perdida com o Guarani em 1986.

Mas foi no Cruzeiro que Boiadeiro viveu seu auge técnico. De 1991 a 1993, o meia foi peça fundamental nas conquistas de duas Supercopas da Libertadores, um Campeonato Mineiro e, principalmente, da Copa do Brasil de 1993. O bom momento o levou à Seleção Brasileira, com participação na Copa América de 1993.

No entanto, a passagem pela Seleção teve um episódio traumático: Boiadeiro desperdiçou uma das cobranças de pênalti na eliminação do Brasil contra a Argentina nas quartas de final.

Decadência e o fim da carreira

Após a saída do Cruzeiro, em 1994, Boiadeiro passou rapidamente por Flamengo e Corinthians. No clube paulista, conquistou a Copa do Brasil e o Paulistão de 1995, mas já sem o mesmo brilho de antes. O meia passou a conviver com críticas e teve queda de rendimento, entrando em decadência técnica.

Nos anos seguintes, acumulou passagens por clubes menores, como Rio Branco-SP, Anápolis, União Barbarense, América Mineiro, Atlético Mineiro, Sãocarlense e Tanabi, onde jogou aos 48 anos, em 2013, como reforço experiente para a disputa da quarta divisão do Campeonato Paulista. Foi seu último ato como jogador profissional.

Por onde anda Marco Antônio Boiadeiro?

Desde que pendurou oficialmente as chuteiras, Boiadeiro manteve-se ligado ao futebol de maneira mais discreta. Em 2012, assumiu a função de técnico da seleção de Timor Leste, uma oportunidade exótica que marcou sua breve passagem como treinador.

Fora isso, Boiadeiro tem vivido longe dos holofotes da grande mídia esportiva. Por vezes participa de entrevistas relembrando os tempos de glória, especialmente o período no Cruzeiro e no Vasco. Ainda assim, optou por uma vida mais reservada, longe do agito dos grandes centros e das funções públicas dentro do futebol profissional.

Clubes em que Boiadeiro atuou

  • Botafogo-SP (1984–1986)
  • Guarani (1986–1988)
  • Vasco da Gama (1989–1990)
  • Cruzeiro (1991–1993)
  • Flamengo (1994)
  • Corinthians (1994–1995)
  • Rio Branco-SP (1996)
  • Anápolis (1996)
  • América Mineiro (1997–1998)
  • Atlético Mineiro (1998–1999)
  • União Barbarense (1999)
  • Sãocarlense (2000)
  • Tanabi (2013)