A Copa América de vôlei feminino começa nesta quarta-feira (2 de julho), no ginásio Divino Braga, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. A competição inaugura o calendário sul-americano da modalidade em 2025 e será disputada no formato de pontos corridos entre seleções. Participam Brasil, Argentina, Chile, Peru e Venezuela. Ao todo, serão dois jogos por dia, ao longo de cinco rodadas, e a estreia fica por conta de Argentina x Peru às 17h, e, em seguida, é a vez da seleção brasileira encarar a Venezuela às 20h. Todas as partidas terão transmissão ao vivo e gratuita pelos canais de O TEMPO e O TEMPO Sports no YouTube.

Na última semana, também em Betim, a seleção masculina conquistou o título da Copa América ao vencer a Argentina na final. Agora, a equipe feminina busca manter a hegemonia regional e repetir a dobradinha brasileira no torneio inédito realizado pela Confederação Sul-Americana de Vôlei (CSV).

Com a seleção brasileira principal envolvida na Liga das Nações (VNL) 2025, o Brasil disputa a Copa América com a equipe sub-23, enquanto os demais países apostam em suas formações completas na briga pelo título.

O elenco verde-amarelo, comandado por Marcos Miranda, o Marcão, reúne jovens atletas com passagem recente por clubes da elite nacional e do exterior. Entre os destaques está a central Juliana Granda, a Juju, que assume a braçadeira de capitã. Mineira de Contagem, a atleta foi titular em boa parte da última Superliga com a camisa do Sesc RJ Flamengo e agora lidera a equipe em casa. Ao seu lado, a ponteira Ana Rüdiger, de 22 anos, contratada pelo Minas para a próxima temporada, vem de uma boa campanha no Himeji, do Japão, e é uma das apostas ofensivas do grupo.

Completam o elenco as levantadoras Maria Clara Carvalhaes e Heloise Soares; as opostas Gabi Carneiro e Jaque Schmitz; as ponteiras Maria Clara Andrade, Camilly Salomé e Stephany; as centrais Adria, Thays e Lívia; e as líberos Lelê e Sophia.

Escalação da Seleção brasileira na Copa América de vôlei

  • Opostas: Gabi Carneiro, Jaque Schmitz
  • Ponteiras: Maria Clara Andrade, Camilly Salomé, Ana Rudiger, Stephany
  • Centrais: Adria, Juju, Thays, Livia
  • Levantadoras: Maria Clara Carvalhaes, Heloise Soares
  • Líberos: Lelê, Sophia
  • Técnico: Marcos Miranda

Venezuela busca retornar ao protagonismo

Winderlys Medina da Seleção da Venezuela | Reprodução/Redes Sociais

Adversária do Brasil na estreia da Copa América de vôlei feminino, a Venezuela tenta retomar espaço no cenário continental. O último grande feito foi a classificação para os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Antes disso, o time havia conquistado cinco medalhas de bronze em edições do Sul-Americano: 1985, 1987, 1993, 2001 e 2007. Desde então, perdeu força e protagonismo.

A equipe dirigida pelo argentino Adrián Fiorenza tem entre os principais nomes estão a oposta Winderlys Medina, campeã da primeira divisão espanhola, e a central Meryem Serrano, de 1,92m, dona do maior alcance ofensivo da equipe. No meio de rede, Milagros Hernández, vice-campeã no Peru, também se destaca pelas bolas rápidas e pelo bloqueio. No sistema defensivo, a líbero Maigualida Vivas garante estabilidade na linha de passe, enquanto as ponteiras Leandra Mogollón e Sofía Castillo completam o setor ofensivo.

Escalação da Venezuela na Copa América de vôlei feminino

  • Opostas: Winderlys Medina
  • Ponteiras: María Rodríguez, Sofía Castillo, Leandra Mogollón, Rosanny Delgado, Reguloa Molina
  • Centrais: Milagros Hernández, Paola Rojas, Adnerys Santana, Meryem Serrano
  • Levantadoras: Karla Gudiño, Desiree Guzmán, Alily Kanelis
  • Líbero: Maigualida Vivas
  • Técnico: Adrián Fiorenza

Argentina entra com as titulares de olho no Mundial

 Ponteira Elina Rodríguez, da Seleção da Argentina | FeVA/Divulgação

A Argentina estreia contra o Peru com a equipe principal. A base do grupo é a mesma que disputou os Jogos Pan-Americanos e se prepara para o Mundial de setembro, na Tailândia. O time é comandado por Facundo Morando chega a Copa América de vôlei, em Betim, embalada após uma recente turnê internacional amistosa onde jogou contra Alemanha e República Tcheca, seleções que estiveram no Rio de Janeiro na primeira etapa da Liga das Nações e está pronta para sua primeira partida oficial do ano. 

O principal nome da linha de frente albiceleste é Elina Rodríguez, atleta do Universitário, do Peru. A ponteira de 28 anos e 1,89 m mantém média de oito pontos por jogo e se destaca pela combinação de potência no ataque, regularidade na recepção e precisão na virada de bola.

Ao seu lado, Daniela Bulaich, também com 28 anos e 1,78 m, reforça o equilíbrio ofensivo da equipe. Presente nos Jogos de Tóquio-2020 e com bom desempenho em campeonatos continentais, Bulaich é uma ponteira de volume, com bom controle de bola e leitura de jogo.

Escalação da Argentina na Copa América de vôlei

  • Opostas: Bianca Cugno, Martina Bednarek
  • Ponteiras: Elina Rodríguez, Daniela Bulaich, Candela Salinas, Bianca Bertolino, Nicole Pérez
  • Centrais: Bianca Farriol, Avril García, Micaela Cabrera, Brenda Graff
  • Levantadoras: Victoria Mayer, Azul Benítez
  • Líberos: Agostina Pelozo, Antonela Fortuna
  • Técnico: Facundo Morando

Peru trabalha renovação com técnico brasileiro e jovens talentos

Sob o comando de Antonio Rizola, o Peru aposta em uma nova geração para retomar protagonismo no continente. Técnico da base do Brasil por mais de 20 anos, Rizola participou da formação de atletas como Sheilla, Thaisa, Jaqueline, Fernanda Garay e Gabi. Desde 2024 à frente da seleção peruana, o treinador lidera a equipe peruana em um processo de transição, com atletas que atuam nas principais equipes do país.

No ataque, a oposta Thaisa McLeod é a principal referência, com bom alcance e potência nos contra-ataques. Entre as centrais, Flavia Montes se destaca nas bolas rápidas e no bloqueio. Diana De La Peña, do Alianza Lima, e Claudia Palza, do Géminis, completam o trio de meio de rede, ambas com força física e regularidade.

Nas pontas, Kiara Montes, capitã da equipe e jogadora do Regatas Lima, lidera a linha de passe e tem bom índice de virada de bola. Ángela Leyva, com passagens por clubes brasileiros e europeus, reforça o setor ofensivo com experiência e versatilidade. Aixa Vigil, Kiara Vicente, Alondra Alarcón e Coraima Gomez completam a lista de ponteiras e vêm sendo utilizadas em funções táticas e de rotação.

Na defesa, o time conta com duas líberos: Rachell Hidalgo e Andrea Villegas. Com perfis distintos, elas se alternam conforme a estratégia de jogo, contribuindo com equilíbrio na recepção e segurança no fundo de quadra.

Escalação do Peru na Copa América de vôlei

  • Oposta: Thaisa Mc Leod
  • Ponteiras: Kiara Montes (capitã), Ángela Leyva, Aixa Vigil, Kiara Vicente, Alondra Alarcón, Coraima Gomez
  • Centrais: Diana De La Peña, Claudia Palza, Flavia Montes
  • Levantadoras: Yadhira Anchante, Jade Cuya
  • Líberos: Rachell Hidalgo, Andrea Villegas
  • Técnico: Antonio Rizola (Brasileiro)

Chile chega embalado após série de amistosos

O Chile, sob o comando do técnico Eduardo Guillaume, chega a Betim embalado e com um time bem entrosado. Após uma exigente fase preparatória, que incluiu três amistosos contra a Argentina, com duas vitórias chilenas e uma derrota, as Guerreras Rojas, como são conhecidas, estão motivadas para encarar seu primeiro desafio oficial em 2025, em busca de um pódio. Para isso, o treinador chileno aposta na força da oposta Petra Schwartzman, como uma das principais referências no ataque, ao lado das ponteiras Florencia Giglio Bataller e Beatriz Novoa Valencia. No meio-de-rede, a titular Laura Cisternas Vedia se destaca entre as centrais, com boa leitura de bloqueio e eficiência nas bolas rápidas.

Escalação do Chile na Copa América de vôlei

  • Opostas: Petra Schwartzman Hechenleitner, Florencia Saavedra Urzúa
  • Ponteiras: Dominga Aylwin Debarca, Francisca Vásquez Rodríguez, Beatriz Novoa
  • Centrais: María Ignacia Nielsen Palma, Esperanza Basualto Carranca, Laura Cisternas Vedia, Elisa Sandrock Cox
  • Levantadoras: Isabella Vallebuona Moreno, Trinidad Trujillo González
  • Líberos: Daniela Maureira Contreras, Carla Ruz Gaete
  • Técnico: Eduardo Guillaume

TRANSMISSÃO ESPECIAL

Os fãs de vôlei poderão acompanhar ao vivo todas as partidas da Copa América de Vôlei nos canais do YouTube de O TEMPO e O TEMPO Sports. Além disso, O TEMPO vai proporcionar uma cobertura completa em seu portal (otempo.com.br/sports), na edição impressa e também nas redes sociais, com detalhes dos jogos, análises e todas as informações da competição.

Ingressos para Copa América de vôlei feminino

Os ingressos para os jogos da Copa América de Vôlei estão à venda, de forma online, pela plataforma Gofree (site e aplicativo). Também haverá bilheteria no Ginásio Divino Braga, sempre a partir de duas horas antes do primeiro jogo do dia.

Os valores variam de R$ 30 (meia-entrada) a R$ 60 (inteira). O público também pode optar pelo passaporte que dá acesso a todos os dias do torneio, com valor único de R$ 100. Nos dias de competição, os portões do ginásio serão abertos uma hora antes da primeira partida.

Confira as datas e horários dos jogos da Copa América de vôlei feminino 2025

Quarta-feira, 2 de julho

  • 17h - Argentina x Peru
  • 20h - Brasil x Venezuela

Quinta-feira, 3 de julho

  • 17h - Argentina x Chile
  • 20h - Brasil x Peru

Sexta-feira, 4 de julho

  • 15h - Argentina x Venezuela
  • 18h - Chile x Peru

Sábado, 5 de julho

  • 13h - Peru x Venezuela
  • 16h - Brasil x Chile

Domingo, 6 de julho

  • 13h - Chile x Venezuela
  • 16h - Brasil x Argentina