Formador nato

Projeto Sada Argos tem saída de destaques, mas quer seguir pensando grande

Jogadoras que chegaram às seleções de base vão defender times como Sesc Flamengo e Sesi Bauru na Superliga, mostrando bom trabalho de formação do projeto mineiro

Por Daniel Ottoni
Publicado em 15 de junho de 2022 | 05:15
 
 
 
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Na temporada 2021/2022, o projeto de vôlei feminino do Sada Argos atingiu seu ápice. Depois de várias conquistas em torneios regionais, superando adversários de categoria mais alta, a equipe confirmou presença na Superliga B, brigando por um acesso que seria histórico à elite do vôlei nacional.

O objetivo maior não veio, mas não tirou os méritos de um projeto que teve a confirmação do seu propósito bem feito ao colocar boa parte do seu elenco em trabalhos de grande relevância no cenário brasileiro.

Para o próximo ciclo, a equipe passará por reformulação importante depois dos seus maiores destaques despertarem o interesse de clubes importantes e irem para um desafio ainda maior nas carreiras que estão apenas começando. A central Juliana Gandra, de 18 anos, acertou contrato com o Sesc Flamengo (RJ), comandado pelo técnico Bernardinho

A ponta Nicole, que está com a seleção brasileira de base, foi para o Sesi Bauru (SP), que também disputa a Superliga, enquanto a levantadora Maria Clara e a ponta Débora foram para o rival Minas Tênis Clube. Pra fechar a conta das despedidas, a levantadora Isabela, que também está com a seleção de base, a líbero Thabata, a ponta Manoela e a oposta Anna Clara foram para o Sesi Sorocaba. Todas elas formam a base da seleção mineira que ganhou recentemente o Campeonato Brasileiro de seleções, representando Minas Gerais. 

"Ficou muito difícil manter as meninas, o mercado veio forte depois da disputa da Superliga B. Elas se destacaram e encaminhamos todas elas. Isso mostra que nosso trabalho de formação foi bem feito. É muito raro ver, no Brasil, o que fizemos, com as atletas saindo do pré-mim e ficando juntas até a Superliga B", comenta Gabriel Rodrigues, coordenador do projeto do Sada Argos e que esteve presente na comissão técnico do Sada Cruzeiro na última temporada do vôlei masculino. 

Gabriel está no projeto celeste desde 2018, atuando em diferentes frentes, mostrando um perfil versátil para dar sua dose de contribuição no crescimento da iniciativa. "Fico feliz por estas oportunidades, elas mostram que meu trabalho e minhas ideias têm alguma importância", agradece. O comando do time será de Thomaz Henrique, que foi assistente do técnico Pedro Moska na última temporada

O trabalho recomeça, agora, com algumas peças mais novas para formar um novo time para torneios sub-17 e sub-18, pensando alto novamente.

"A gente, inclusive, ajudou algumas meninas a encontrar times, porque sabemos desta importância para elas. Foi um compromissos que fizemos de liberá-las se não seguíssemos na Superliga B. As mais novas foram mantidas e vão dar sequência no projeto. Vamos formar um novo grupo como fizemos anteriormente, pensando em uma trajetória vencedora", destaca Flávio Pereira, diretor esportivo do Sada Cruzeiro. Entre os torneios em vista, estão o Estadual, o Metropolitano e a Taça Paraná. 
 

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