Uma operação liderada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) cumpre, nesta terça-feira (29/7), mandados de busca, apreensão e prisão preventiva em endereços ligados a membros de uma organização criminosa de atuação nacional, com base em Governador Valadares, na região do Rio Doce. A facção é suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas e com uma lavagem de dinheiro milionária, comandada de dentro de presídios. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 10,7 milhões em ativos financeiros do grupo.

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De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva. Além disso, outras três pessoas foram presas em flagrante. Um dos detidos é um homem de 31 anos, que foi localizado no bairro Jardim Primavera, em Governador Valadares.

Ele tentou escapar da abordagem, mas foi cercado no telhado da casa da vizinha. Com o suspeito, a polícia apreendeu um revólver com 22 munições e um carregador, além de porções de maconha e crack, e R$ 175 em espécie. Medidas cautelares também foram cumpridas em Belo Horizonte e Uberlândia, além de Cariacica, no Espírito Santo. 

Detento comandava ações da facção e é suspeito de matar rival por causa de maconha

A apuração identificou a atuação de membros da facção de dentro de presídios, com destaque para um detento hoje custodiado no Complexo Público-Privado de Ribeirão das Neves. À época dos crimes, ele estava recolhido na Penitenciária Francisco Floriano de Paula (PFFP), em Governador Valadares.

O homem exercia, de dentro da cela, o comando das ações criminosas com o apoio direto da companheira, que utilizava uma identidade falsa. As autoridades identificaram que ela tinha contra si condenações que somam mais de 34 anos de reclusão por tráfico interestadual de drogas e roubos a instituições financeiras.

Segundo as investigações, a mulher esteve envolvida em movimentações superiores a R$ 21 milhões em transações financeiras suspeitas. 

O levantamento revelou ainda que o detento é suspeito de um homicídio ocorrido nas dependências da penitenciária PFFP, após um preso subtrair dele cinco gramas de cocaína. Em retaliação, ele teria obrigado a vítima a consumir toda a substância restante, o que resultou em sua morte.

"A operação reforça o compromisso do Ministério Público de Minas Gerais e das Polícias Militar e Civil no enfrentamento às organizações criminosas, promovendo a responsabilização dos envolvidos e a recuperação dos ativos oriundos de atividades ilícitas", informou o MPMG.