Além da motivação natural de um clássico e a rivalidade criada no último jogo, o duelo entre América e Cruzeiro neste domingo (9), às 16h, na Arena Independência, traz outros pontos especiais para que as equipes redobrem esforços em busca de uma vaga na final do Campeonato Mineiro.
Para o América chegar à final do Estadual é colocar fim a um jejum de quatro anos, já que não disputa uma decisão desde 2016, quando foi campeão da competição sobre o Atlético. O Cruzeiro tenta evitar ficara de fora da final por dois anos consecutivos, já que no ano passado caiu na fase classificatória.
O Coelho chega à semifinal com uma ampla vantagem diante do Cruzeiro. Após vencer por dois a um no primeiro jogo, pode perder por um gol de diferença ou empatar, que se classifica à decisão.
Por outro lado, o time de Lisca também busca fortalecer um trabalho que apresentou instabilidade no decorrer da competição. Comparado com as atuações da última temporada, o América ainda não apresentou bom futebol. E com a saída de Messias, um dos pilares do time, polêmicas envolvendo Ademir e a chegada de novos reforços, o time ainda busca o entrosamento adequado em campo.
O Cruzeiro tem a missão de reverter a vantagem americana para evitar, e precisa vencer por dois gols de diferença para avançar à próxima fase. A Raposa se apega à tradição de chegar à final da competição na qual foi campeão 38 vezes; o último título foi em 2019.
Do lado celeste, o clássico é visto como uma chance de tentar afirmar a evolução tática e técnica do time, que vem ocorrendo nas últimas rodadas. Fato é que em apenas três dos quatorze jogos do Cruzeiro com Felipe Conceição, a equipe conseguiu marcar mais de um gol, contra URT, Coimbra e Patrocinense. Mas o treinador se apoia na solidez defensiva da equipe que teve a melhor defesa do Estadual.
Destaques do clássico
Foi dos pés de Rafael Sóbis o gol do Cruzeiro, aos 40 minutos do primeiro tempo, contra o América no Mineirão. Experiente, o atacante acredita que mais do que buscar a vitória neste domingo (9), o Cruzeiro deve desfrutar do momento e da campanha que fez no torneio. “Queira ou não, é a coroação de uma fase anterior que te levou a essa, então tem que desfrutar”, afirmou.
Para Sóbis, a parte psicológica vai prevalecer no clássico e todo cuidado é pouco. “Tem que jogar, tem que estar com o psicológico bom e tentar fazer o melhor. Tentar não ter medo de tentar uma jogada, não se abalar quando errar uma jogada, acho que quem tem cabeça boa hoje no futebol colhe muitos frutos”, pontuou.
O atacante atuou nos 13 jogos do Cruzeiro na temporada, e participou diretamente de quatro dos quinze gols do time na temporada, com dois gols e duas assistências.
Do outro lado, quem está com a ‘cabeça boa’ é o atacante Ademir. Após o imbróglio envolvendo o Palmeiras, o jogador vem se reintegrando ao grupo. No jogo contra o Cruzeiro, saiu do banco de reservas para marcar o gol da virada aos 44 minutos do segundo tempo. A atuação o credencia para retomar à titularidade no time. O jogador só esteve em campo em oito jogos, marcou um gol e deu uma assistência.
“Resumo como volta por cima. Estou feliz por isso. Tudo acontece no momento certo. Se não foi para sair (transferência para o Palmeiras não deu certo), é porque Deus tem um propósito para mim”, declarou o atacante em entrevista ao Premiere após o clássico.