A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), os técnicos das seleções brasileiras de vôlei, Renan e José Roberto Guimarães, e as duplas de vôlei de praia classificadas, receberam de forma positiva a notícia do adiamento dos Jogos de Tóquio, confirmado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta terça-feira (24), em função da pandemia do coronavírus. A entidade, os treinadores e atletas têm, como principal preocupação, o bem estar e a saúde de todos os envolvidos.
Para a entidade, não há outra opção neste momento que não seja a de garantir a integridade das pessoas. Segundo o diretor executivo da CBV, Radamés Lattari, a decisão foi acertada. “A CBV tem como primeira preocupação a integridade e saúde dos atletas, comissões técnicas e todos os profissionais envolvidos em uma edição de Jogos. Apoiamos integralmente a decisão do COI e esperamos pelas novas definições para saber sobre a Liga das Nações. Assim que for permitido pelas autoridades, vamos ver qual vai ser o melhor caminho a seguir e refazer nossa programação”, disse Radamés Lattari.
O técnico da seleção brasileira masculina, Renan, segue o mesmo discurso e afirma estar atento a todos os acontecimentos. “Estamos monitorando tudo que vem acontecendo no Brasil e no mundo e tomando as decisões dia após dia. A determinação pelo adiamento foi correta. A questão da saúde está acima de todas. Isso é absolutamente indiscutível. Além disso, para nós, o planejamento e o treinamento sempre foram a base tudo, seria muito difícil chegar para uma edição do maior campeonato do calendário sem que fosse na melhor circunstância. Agora é preciso ter serenidade para planejar e seguir adiante assim que tudo isso passar”, afirmou Renan.
O treinador da seleção feminina, José Roberto Guimarães, é mais um a apoiar a decisão do adiamento. “Acredito que a decisão tomada pelo Comitê Olímpico Internacional foi a melhor possível. Diante da pandemia do coronavírus que toma conta do mundo inteiro, o momento pede que as pessoas permaneçam em casa, seguindo as recomendações das autoridades da saúde. Estamos acompanhando o que está acontecendo e temos pensado em alternativas para a temporada, mas ainda é tudo muito recente. Precisamos aguardar o que vai acontecer no Brasil e no mundo. Todos precisam se cuidar e ficar em casa”, afirmou Zé Roberto.
Dentro da quadra
Uma das atletas mais experientes classificadas para os Jogos, Ágatha, de 36 anos, medalha de prata na edição passada, já pensa no novo planejamento. “Com o passar dos dias, essa decisão foi se tornando algo inevitável. Por todos os problemas que o mundo vive, tantas restrições que estão sendo impostas de maneira necessária. Não fui surpreendida, é a coisa certa a se fazer neste momento. A saúde de todas as pessoas está em primeiro lugar. Agora vamos virar a chave e fazer um novo planejamento pensando em 2021”, declarou Ágatha.
Também depois de disputar os Jogos em casa, na edição passada, Evandro, oposto do Sada Cruzeiro, é mais um a concordar com a decisão. “Acho que foi a decisão correta. Jogamos somente um torneio pelo Circuito Mundial, várias etapas foram canceladas ou adiadas, afetando vários atletas. Claro que ficamos tristes, estávamos nos preparando muito forte, mas também fico feliz, pois talvez alguns países não fossem participar, e vidas poderiam estar em risco. Estamos torcendo para a situação se normalizar, que os países possam todos participar. Agora é seguir treinando em casa e aguardar”, disse Evandro.