Em um movimento histórico, o Brasil se tornou o principal destino global de exportação de carros elétricos e híbridos plug-in fabricados na China.
Nos últimos dois anos, a chegada de montadoras chinesas como BYD e GWM impulsionou um crescimento de 1.300% nas importações, com destaque para o mês de abril, quando o país superou pela primeira vez a Europa nesse ranking.
Fatores por trás do boom
Aumento da demanda por carros elétricos no Brasil: Maior consciência ambiental, aumento do preço da gasolina e políticas de incentivo ao uso de veículos elétricos impulsionaram a busca por esse tipo de carro no país.
Além das questões locais, o fim dos subsídios em países europeus, como Espanha, França, Países Baixos e Noruega, fez com que o Brasil se tornasse um mercado mais atrativo para as montadoras chinesas.
Nos últimos anos, as sanções impostas à Rússia em decorrência da guerra na Ucrânia também redirecionaram o fluxo de exportações de carros chineses para outros mercados, incluindo o Brasil.
BYD e GWM: produção local em breve
A marca BYD já lidera as vendas de carros elétricos no Brasil e anunciou a compra da fábrica da Ford em Camaçari (BA), com previsão de iniciar a produção local até o início de 2025.
Além dela, a também chinesa Great Wall Motors (GWM) adquiriu a fábrica da Mercedes-Benz, em Iracemápolis (SP), e iniciará a produção do SUV híbrido Haval H6, a partir de 2025. Outros modelos, como o Haval H4 e o 100% elétrico Ora 03, também podem ser produzidos na unidade no futuro.
Mais chinesas a caminho
Além da BYD e GWM, outras marcas chinesas como Zeekr, Omoda e Jaecoo já anunciaram planos de entrar no mercado brasileiro em breve. Essa diversificação deve intensificar ainda mais a concorrência e contribuir para a queda dos preços dos carros elétricos no país.
Com a chegada de novas montadoras e a produção local em breve, o Brasil se consolida como um dos principais players na América Latina na eletrificação da frota automobilística.