O condutor do balão que caiu em Capela do Alto, no interior de São Paulo, neste domingo teve a prisão convertida em preventiva após audiência de custódia nesta segunda-feira (16). Ele será investigado sob suspeita de homicídio culposo.

A Polícia Civil apura as causas da queda do balão, que era ocupado por 35 pessoas na hora do acidente. Juliana Alves Prado, 27, morreu no acidente. Ela era mineira de Pouso Alegre. Segundo a polícia, ela estava grávida. Outras dez pessoas foram atendidas com ferimentos leves.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa do piloto.
Natural de Pouso Alegre (MG), Juliana estava acompanhada do marido, que foi socorrido. O presidente da Confederação Brasileira de Balonismo, Johnny Silva, afirmou que os documentos do piloto estavam vencidos e que ele tinha autorização apenas para realizar voos individuais.

Além disso, o balão transportava mais passageiros do que sua capacidade máxima, que era de 24 pessoas. O passeio saiu de Iperó, a cerca de 25 km de Capela do Alto. O acidente ocorreu no bairro Distrito do Porto.

A cidade de Boituva, vizinha a Iperó, sediava a 38ª edição do Campeonato Brasileiro de Balonismo, mas os voos foram cancelados na manhã de domingo devido aos ventos de até 70 km/h, sete vezes mais que o máximo recomendado.

Em depoimento, o piloto disse ao delegado Edenilson Meira, da Delegacia Seccional de Itapetininga, que houve uma mudança nas condições climáticas no momento do acidente, o que levou à perda de controle do balão.