RIO DE JANEIRO - O secretário da Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, confirmou ontem a exoneração de dez oficiais de cargos de confiança da Polícia Militar (PM) e negou a possibilidade de militares do Exército assumirem postos na corporação.
Segundo o secretário, o momento é oportuno para que seja feita uma "oxigenação" na PM. Na última terça, ele anunciou a exoneração do comando da corporação, após protesto por melhores salários, realizado, no domingo, por policiais militares. Em apoio ao então comandante, coronel Ubiratan Ângelo, pelo menos 45 oficiais pediram exoneração na quarta- feira. "Pretendemos fazer mudanças estruturais, mudanças essenciais para a corporação, no nosso entendimento. Isso exige transformações, e, entre elas, está a possibilidade de que oficiais inferiores venham a ter a sua vez em cargos de frente na PM", afirmou o secretário, após participar de assinatura de convênio de cooperação com o departamento de Segurança Pública da Itália.
Medidas salutares
O secretário classificou as mudanças como medidas salutares. O "Diário Oficial" do Estado publicou ontem a exoneração de dez oficiais ligados ao grupo dos Barbonos - referência ao antigo nome da rua Evaristo da Veiga, onde fica o quartel-general da corporação - que reivindicam melhores salários para os PMs. Entre os exonerados estão oito coronéis, um tenente- coronel e um major. O comandante do 18º Batalhão, Joziel Havani dos Santos, foi deslocado para a Diretoria Geral de Pessoal (DGP). Entre os exonerados também estão o coronel Dario Cony, chefe do Comando das Unidades Operacionais da PM e considerado um dos líderes dos Barbonos, e o major Wanderbi Braga de Medeiros, lotado no Comando de Área de Niterói. O major mantém um blog no qual faz críticas ao governador Sérgio Cabral (PMDB).
O "Diário Oficial" publica, ainda, o cancelamento da transferência do coronel Paulo Ricardo Paúl da Corregedoria para a Diretoria de Ensino e Instrução. A Secretaria da Segurança não informou qual será o destino do oficial. Ontem, Beltrame garantiu que não há mais crise na PM. Ele afirmou, no entanto, que as exonerações podem continuar. (Folhapress)
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