Aldemir Rodrigues de Souza, 49 anos, cearense, técnico de manutenção, pai e companheiro. Este era o funcionário que morreu quando o elevador do prédio do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), no Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, despencou do 17º andar nessa segunda-feira (2 de dezembro). As informações foram confirmadas pelas advogadas da empresa responsável pelo contrato de Aldemir para o que se tornou o seu último serviço.

O técnico era trabalhador autônomo, com mais de 20 anos de experiência, e prestava serviços conforme a demanda. Do Ceará, estava na capital mineira para a modernização do elevador do prédio da Justiça Federal. No momento do acidente, estava sozinho na parte superior do equipamento, momento em que dois colegas precisaram sair para comprar fiação elétrica. Ele não resistiu à queda. 

Aldemir deixa dois filhos – uma adolescente de 17 anos e um homem de 30 –, além de uma companheira com quem passou junto três décadas. Ele era próximo do proprietário da empresa pela qual sofreu o acidente, segundo informou a advogada Giordaina Corradi. "Eles eram amigos próximos. O proprietário está arrasado com o que aconteceu. Ele gostaria de estar aqui agora acompanhando tudo, mas não foi possível", disse no IML de Belo Horizonte na manhã desta terça-feira (3). 

O corpo dele foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) de BH para Maracanaú, no interior do Ceará, onde devem ocorrer o velório e o sepultamento. 

Morte causa lamentos nas redes sociais 

Após a tragédia, amigos e familiares usaram as redes sociais para comentar sobre a perda. "Meus sentimentos! Conheci esse profissional! Realmente tinha muita experiência! Muito triste!", escreveu Tarcisio Filho pelo Instagram (@tarcisio.filho.7311). 

"Descansa em paz, primo. Você sempre será lembrado", comentou Adrielly Fideles (@adrielly_fideles). "Deus te receberá de braços abertos Demi, você era incrível", acrescentou outra usuária da plataforma (@marihellen.s). 

Empresa afirma fornecer todos os EPIs a prestadores de serviço

A equipe do Corpo de Bombeiros constatou, após o resgate do corpo, que o técnico não usava nenhum Equipamento de Proteção Individual (EPI) no momento da queda. Sobre isso, o sócio proprietário, Wagner dos Santos, informou à reportagem que a empresa fornece "todos os equipamentos de proteção individual e coletiva, registrados em ficha de EPI". "Os equipamentos do funcionário se encontram no local de trabalho", acrescentou ele. 

Dos Santos reforçou, no entanto, que a empresa aguarda o resultado do laudo investigativo para entender melhor o que motivou a queda do elevador e a morte do contratado.

No IML, em Belo Horizonte, nesta terça-feira (3 de dezembro), a advogada da empresa, Giordaina Corradi, afirmou que todas as providências estão sendo tomadas e que, no momento, a prioridade é prestar suporte à família da vítima.

"Não é prudente entrarmos em detalhes do acidente agora, pois os laudos ainda estão sendo feitos. A empresa está à frente de tudo, dando todo o suporte que pode à família", declarou. 

Luto de três dias 

O desembargador e presidente do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), Vallisney Oliveira, decretou luto oficial de três dias na Justiça Federal em Belo Horizonte após a morte do trabalhador terceirizado na manhã desta segunda-feira (2 de dezembro). Aldemir Rodrigues de Souza realizava a manutenção de um elevador que caiu do 17º andar no prédio sede do tribunal, localizado no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul. Ele morreu na hora. 

O expediente presencial nos três edifícios do TRF6 foi suspenso até sexta-feira, 6 de dezembro. Durante esse período, todos os servidores, colaboradores e estagiários deverão realizar trabalho remoto. Em nota, a Justiça Federal em Belo Horizonte lamentou profundamente o ocorrido e informou que está prestando o apoio necessário à família da vítima.

O que aconteceu? 

Na manhã desta segunda-feira (2 de dezembro), um trabalhador de manutenção perdeu a vida após a queda de um elevador do 17º andar no prédio da Justiça Federal, localizado no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. O equipamento estava sendo inspecionado no momento do acidente.