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Chacina na Grande BH e delegado queimado vivo: MG tem semana com crimes brutais

Três pessoas de uma mesma família foram assassinadas durante a comemoração do aniversário de 9 anos de uma das vítimas em Ribeirão das Neves

Por O TEMPO Cidades
Publicado em 25 de maio de 2024 | 06:00
 
 
 

Dois crimes brutais foram notícia em Minas Gerais nesta semana. Em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, três pessoas de uma mesma família, sendo duas crianças de 9 e 11 anos, morreram em uma chacina, que teria como motivação a guerra do tráfico em Vespasiano, também na Grande BH.

Em Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais, um delegado aposentado da Polícia Civil morreu após ser queimado vivo. O autor do crime seria um ex-policial civil, que, há 18 anos, foi excluído da instituição a partir de um procedimento investigado pela vítima.

Na semana entre os dias 19 e 25 de maio, também esteve em pauta a saúde mental de policiais militares, após casos de suicídio na corporação, e a vulnerabilidade das cidades mineiras com relação ao clima. Confira, a seguir, notícias para se manter atualizado:

Chacina na Grande BH

Uma festa de aniversário terminou em chacina em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, na quinta-feira (23 de maio). Morreram o aniversariante, Heitor Felipe, de 9 anos, o pai dele, Felipe Júnior Moreira Lima, de 26 anos, e uma prima, de 11. Outras três pessoas ficaram feridas. Segundo a Polícia Militar, o crime está relacionado a uma guerra do tráfico de drogas no bairro Morro Alto, em Vespasiano, também na Grande BH.

Conforme testemunhas, ao menos três homens chegaram em um carro branco. Dois deles entraram na festa e começaram a atirar. O alvo dos disparos, segundo a PM, seria o homem de 26 anos, que comemorava o aniversário do filho. Os dois atiradores foram identificados. Um deles foi preso, enquanto o outro é procurado.

O menino era atleta de uma escolinha de futebol e sonhava em se tornar um jogador profissional.

Delegado queimado vivo

O ex-delegado Hudson Maldonado, de 86 anos, que também era advogado criminalista, foi queimado vivo dentro de casa em Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais, nesta quarta-feira (22 de maio). A vítima estava em casa com uma cuidadora quando um homem a rendeu, entrou no quarto e ateou fogo.

Um ex-policial civil, apontado como principal suspeito do crime, se entregou na delegacia de Sete Lagoas. Segundo a Polícia Civil, a suposta motivação do crime seria a exclusão do suspeito, o ex-policial civil, do quadro da instituição por meio de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que contou com a participação da vítima à época. O ex-agente foi expulso após constatação de prática de transgressão disciplinar de natureza grave.

Saúde mental de policiais militares

Em um intervalo de poucas horas, nessa terça-feira (21 de maio), dois sargentos da Polícia Militar tiraram a própria vida dentro de batalhões da corporação em cidades mineiras. As mortes de um único dia já representam 12,5% do total registrado em 2022, quando 16 policiais militares se suicidaram no Estado. O número, repassado com exclusividade a O TEMPO pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, representa um aumento de 100% na comparação com o ano anterior (quando foram registradas oito ocorrências do tipo). Os suicídios aconteceram em meio à mobilização das forças policiais de Minas Gerais, que reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Fontes que representam a categoria afirmam que o não cumprimento das solicitações é uma das causas de um adoecimento mental que vem crescendo entre militares, policiais civis e policiais penais. O governo de Minas garantiu que “acompanha de perto os dados sobre saúde mental e eventuais casos de suicídios nas  respectivas tropas”. O Estado disse ainda que atua de forma preventiva para zelar pela qualidade de vida de todos os servidores estaduais.

Pastor investigado

A Polícia Civil investiga o pastor Marcelo Douglas, da igreja do Evangelho Quadrangular Aliança Profética, no bairro Céu Azul, região de Venda Nova, em Belo Horizonte. Entre as denúncias, estão crimes de estupro de vulnerável, com “brincadeiras maliciosas”, que envolveram, segundo denúncias, “toques nas partes íntimas”, além de assédio moral. Ao menos três vítimas prestaram depoimento, nesta segunda-feira (20 de maio), na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). A reportagem conseguiu contato telefônico com o pastor, que se recusou a falar sobre a investigação e desligou o celular.

Vulnerabilidade climática

Em Minas Gerais, mais da metade dos municípios possuem vulnerabilidade alta, muito alta ou extrema às mudanças climáticas. São 437 cidades que convivem com o risco elevado de secas, por causa do forte calor, ou de alagamentos e inundações, devido às chuvas extremas. Uma condição de vulnerabilidade que, segundo o levantamento da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), ocorre por causa do crescimento populacional desordenado, da pobreza e da degradação ambiental. Realidade que se impõe e alerta a sociedade no momento em que o país se sensibiliza com as enchentes no Rio Grande do Sul, que mataram 151 pessoas e deixaram mais de meio milhão desalojadas. 

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