A Polícia Civil de Minas Gerais informou na manhã desta segunda-feira (21/7) que o corpo da professora de história Soraya Tatiana Bonfim, de 56 anos, já foi liberado e retirado do Instituto Médico Legal (IML) por familiares. A educadora estava desaparecida desde a última sexta-feira (18/7), e foi encontrada morta sob um viaduto em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesse domingo (20/7)
Em nota, a instituição policial informou que o corpo da vítima passou por exames no IML, sendo liberado aos familiares após os procedimentos. A PCMG agora aguarda a conclusão de laudos periciais que irão atestar as circunstâncias e a causa da morte.
"A investigação encontra-se em andamento e outras informações poderão ser repassadas com o avanço dos procedimentos de polícia judiciária", informou.
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Corpo tinha sinais de violência
O corpo de Soraya foi encontrado ainda na manhã deste domingo (20), quando a Polícia Militar (PM) foi acionada até a avenida Adelia Issa, no bairro Conjunto Caieiras, onde o corpo de uma mulher tinha sido encontrado parcialmente coberto por um lençol. Conforme o registro policial, a vítima estava somente com a parte de cima da roupa — uma blusa cinza.
A perícia da Polícia Civil foi acionada ao local e constatou que a mulher apresentava marcas semelhantes a queimaduras nas partes internas das coxas. Ainda conforme a PM, a vítima também tinha manchas de sangues "possivelmente oriundas das partes íntimas", o que pode ser um indicativo de que ela tenha sofrido violência sexual.
Com a vítima, os policiais identificaram apenas um óculos escuro, mas nenhum documento de identificação. Entretanto, após uma pesquisa no sistema, surgiu a suspeita de que pudesse se tratar de Soraya. Com isso, o filho da mulher, de 32 anos, foi acionado e fez o reconhecimento da mãe no Instituto Médico-Legal (IML).
Até o momento não há informação sobre quem seria o autor ou o que pode ter motivado o assassinato da professora.
O desaparecimento
De acordo com o boletim de ocorrência, registrado pelo filho de Soraya na noite de sábado (19), ele saiu de casa por volta das 20h de sexta-feira para uma viagem à Serra do Cipó. A mãe estava na sala de casa, vestida com uma camisola cinza, quando ele saiu.
Na manhã do dia seguinte, ainda conforme o relato do filho, ele enviou uma mensagem para a mãe, mas ela não teria sequer recebido a mensagem. Preocupado, ele pediu que uma tia, que mora no mesmo prédio, fosse até o apartamento, mas ela também não obteve sucesso.
O filho então solicitou que um chaveiro abrisse o imóvel para que sua tia tivesse acesso, porém, não foi encontrado nenhum vestígio da mulher. Diante da situação, o rapaz teria voltado para casa, onde encontrou o lugar sem sinais de alteração ou arrombamento. O carro de Soraya também estava na garagem do prédio.
O filho, junto do pai, iniciou uma série de visitas a hospitais da capital e ao Instituto Médico-Legal, além de contatos com amigas para tentar descobrir o paradeiro da professora. Sem informações, ele também tentou acessar câmeras de segurança da rua onde mora com a mãe e o notebook da mulher, mas não conseguiu obter qualquer evidência sobre sua localização.