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Caso Backer: 'Uma garrafa seria suficiente para matar uma pessoa', diz PC

Segundo a Polícia Civil, em todas as necrópsicas de vítimas de síndrome nefroneural foi identificada a presença de dietilenoglicol

Por Da Redação
Publicado em 09 de junho de 2020 | 11:10
 
 
 
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A ingestão do líquido em apenas uma garrafa da cerveja Belohorizontina com presença de dietilenoglicol seria suficiente para matar uma pessoa. As conclusões são do inquérito da Polícia Civil, divulgado nesta terça-feira (9) que apura as mortes e intoxicações pelo consumo de rótulos da Backer.

Leia também: Polícia Civil identificou vazamento em tanques da cervejaria

"Em todas as necrópsias foram indentificadas a presença de dietilenoglicol no sistema metabólico, chamado de ácido dietilenoglicólico, com 100% de presença" explicou Thalles Bittencourt de Vasconcelos, superintendente de perícia técnica e científica do Instituto Médico Legal ( IML).

Segundo ele, a maior parte das pessoas que sofreram sintomas da síndrome nefroneural também acusaram a presença das substâncias tóxicas. As substâncias teriam causado a intoxicação em 29 pessoas e sete delas vieram a óbito, provavelmente por causa da síndrome nefroneural. Outras 30 registraram queixas de possível intoxicações.

Leia também: 11 pessoas foram indiciadas por homicídio, intoxicação e lesão corporal. 

Vazamento

Segundo a Polícia Civil, havia sim um grande vazamento em tanque da Belohorizontina. Mas os donos da Backer não poderiam responder criminalmente por esse vazamento.  "Não posso responsabilizá-los (proprietários) por algo que seja ligado a mecânica da produção. No entanto,na pós produção eles atuam com ciência do problema. Essa falta de aviso gera consequencia e essa falta do recall gera consequências", explicou o delegado Flávio Grossi. 

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