PC pede que população denuncie mulher que diz que caixões foram abertos em BH

A Polícia Civil pede que a população denuncie, pelo 181, uma mulher que aparece em um vídeo dizendo que há pedra e madeira em caixões no lugar das vítimas do coronavírus sepultadas nos cemitérios de Belo Horizonte. A postagem circulou pelas redes socais nesta semana. Segundo informou a prefeitura da capital mineira, as informaçõe não têm fundamento. "A Procuradoria Geral do Município está analisando as imagens para adotar as medidas legais cabíveis".

No vídeo, a mulher, ainda não identificada, diz: "Mandaram arrancar todos os caixões para poder fazer o exame e ver se é coronavírus mesmo. Sabe o que tem dentro do caixão? Pedra e madeira. Um monte de caixão cheio de pedra e madeira.Palhaçada, não?".

Em outro trecho ela diz que os próprios parentes das vítimas estariam realizando os sepultamentos, sem a presença de coveiros. Segundo a Polícia Civil, será instaurado um procedimento para apurar a origem das imagens. "Quem tiver informações sobre essa mulher, é importante denunciar no 181", diz a PC, em nota.

A prefeitura de Belo Horizonte esclareceu que "sepultamentos em cemitérios públicos e privados na capital mineira são realizados, exclusivamente, por profissionais específicos (coveiros) de cada necrópole, utilizando equipamento de proteção individual e adotando as medidas sanitárias cabíveis".  

Em abril, inclusive, os cemitérios da capital registraram baixa em sepultamentos, na comparação com o mesmo período em 2019.  O cenário de corpos vítimas de Covid-19 sendo enterrados em valas, visto em cidades como Manaus e São Paulo, não acontece nem em Minas, nem na capital BH.

"Nos cemitérios municipais de BH, os sepultamentos são feitos mediante a apresentação de atestado de óbito ou da guia de sepultamento emitida pelo cartório, em conformidade com as informações contida no atestado de óbito. Esta deve ser apresentado no cemitério, acompanhada de documentos pessoais do solicitante", disse a PBH.