A Polícia Civil cumpre na manhã desta quinta-feira (10) um mandado de busca e apreensão na casa do auxiliar do professor de educação física do colégio Magnum suspeito de abusar sexualmente de pelo menos três crianças da instituição. Um celular foi recolhido para perícia.
O suspeito trabalhava na unidade do colégio no bairro Cidade Nova, na região Nordeste da capital. Ele nega todas as acusações. O auxiliar ainda não foi intimado a depôr pela Polícia Civil e só prestará depoimento após todas as testemunhas e vítimas serem ouvidas.
Segundo o advogado Fabiano Lopes, que faz a defesa do suspeito, a apreensão foi de uma carcaça velha de celular. "Não houve nada demais. A própria delegada do caso foi lá, viu onde ele mora, se sentiu até sensibilizada com as condições do local. Levaram apenas uma carcaça de celular velha que estava lá, nem funciona, porque ele não tem condições de ter computador, tablet, essas coisas... nunca teve", afirmou.
"Já colhi mais de 30 depoimentos de mães do Magnum, onde os filhos ficam sob os cuidados dele, professores da faculdade, amigos, pessoas que conhecem a índole dele. Amanhã vou protocolar esses depoimentos ao inquérito para que possa ajudar que as autoridades competentes façam um melhor julgamento do caso", completou o advogado.
Em entrevista ao jornal O TEMPO, ele se defendeu das acusações e negou ter cometido qualquer crime. Em entrevista à rádio Super Notícia 91,7 FM, ele também disse que está "com a consciência limpa".
Para a manhã desta quinta-feira (10), a Polícia Civil informou que estão previstos depoimentos na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), no bairro Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte.
Alguns foram intimados a depôr, mas outros foram convidados pela corporação para acrescentarem informações ao inquérito. Entre as pessoas que ainda serão ouvidas estão vítimas, pais de vítimas e funcionários do colégio. Oitivas também estão previstas para todo o dia, mas a corporação ainda não deu detalhes de como irão acontecer.
De acordo com a Polícia Civil, até o momento, 37 pessoas prestaram depoimentos. Outras diligências ainda serão realizadas e não há prazo para a conclusão do inquérito. Ainda segundo a corporação, detalhes da investigação só serão repassados ao fim dos trabalhos.
Depois da suspeita de abusos dentro da instituição, o colégio Magnum anunciou que tomou uma série de medidas preventivas.
Texto atualizado às 16h14