Quase 51 mil eleitores marcaram presença na votação para conselheiros tutelares em Belo Horizonte, neste domingo (3 de dezembro). Os números foram divulgados pela secretária de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Rosilene Rocha, durante coletiva de imprensa no início da noite. De 112 candidatos, 54 serão escolhidos, sendo cinco titulares por cada uma das nove regionais e nove suplentes.

A secretária classificou a votação como “supertranquila”. A eleição, que começou às 8h, terminou às 17h, mas algumas pessoas receberam senhas e permaneceram no local para votar, mesmo após o horário. O resultado deverá ser divulgado até terça-feira (5 de dezembro).

O cenário tranquilo é diferente do pleito anterior, quando as escolhas começaram a ser registradas em um sistema digital, que apresentou problemas, e foi substituído por cédulas de papel. O resultado acabou sendo cancelado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) por recomendação da Defensoria Pública de Minas Gerais, sob alegação de inconsistências na auditoria. Dessa vez, a eleição foi toda no papel.

“Essa eleição ocorreu da maneira como a gente tinha pensado, como a gente organizou. A gente montou uma estratégia de logística bastante profissionalizada e, dessa vez, a gente organizou a cidade para votar 100% no papel, diferente da outra vez que a gente organizou 50% para intercorrências. Então por isso, dessa vez, a gente teve uma eleição supertranquila, sem filas, muito organizada”, disse a secretária.

Perguntada sobre a possibilidade de, no futuro, as eleições para conselheiros tutelares em Belo Horizonte serem realizadas por meio das urnas eletrônicas do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Rosilene Rocha destacou que isso depende de votação na Câmara Municipal de Belo Horizonte. O Projeto de Lei (PL) que trata do assunto foi aprovado em primeiro turno no fim de outubro.

“Com certeza a gente quer que a lei seja aprovada em segundo turno, para que a gente possa realizar a eleição como praticamente todas as cidades brasileiras realizam. Com urna eletrônica é muito menos trabalhoso, muito mais profissionalizado e muito mais econômico. Então, a gente está contando com os vereadores, fazendo apelo a eles”, disse ela.

A Prefeitura de Belo Horizonte ainda não tem o balanço de quanto foi investido financeiramente para repetir o processo de eleição. A informação deverá ser divulgada em breve.