Entre os 16 mortos confirmados no acidente do Elevador da Glória, no centro histórico de Lisboa, 11 vítimas eram de nacionalidade estrangeira. De acordo com as autoridades, na lista estão um cidadão alemão, dois canadianos, um ucraniano, um norte-americano, um suíço e dois sul-coreanos. 

Seis dos 23 feridos no acidente encontram-se em cuidados intensivos nesta quinta-feira (4), de acordo com a imprensa portuguesa. 

O relatório preliminar da perícia deve ser publicado em até 45 dias. Uma missa em homenagem às vítimas será realizada às 19h (horário local), na Igreja de São Domingos, em Lisboa. 

Marco histórico

Os bondes amarelos e brancos do Elevador da Glória são um dos principais cartões-postais da capital de Portugal e têm mais de 100 anos de história. Eles são administrados pela Companhia Carris de Ferro de Lisboa, fundada em 1872 no Rio de Janeiro, com o objetivo de implementar um sistema de transporte com carruagens de tração animal sobre carris na capital portuguesa.

Mais de uma década depois, em 1885, o Elevador da Glória — também chamado de Ascensor da Glória — foi inaugurado. Ele se move por um sistema funicular, no qual o peso do vagão que desce ajuda o outro trem a subir. Ele percorre diariamente os 265 metros da íngreme Calçada da Glória: na subida, em direção ao Miradouro de São Pedro de Alcântara, um dos principais pontos de observação da cidade, com vista para o Castelo de São Jorge; e na descida, em direção à Praça dos Restauradores, na região da Baixa. A tarifa para até duas viagens custa € 4,20 (cerca de R$ 26,71 na cotação atual).

Os ascensores da capital portuguesa - que, além do Elevador da Glória, incluem o Ascensor do Lavra e o Ascensor da Bica - foram classificados como Monumentos Nacionais em 2002. 

(Com Estadão Conteúdo)