O ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, ordenou nesta segunda-feira (9) um "cerco total" à Faixa de Gaza, no terceiro dia de combates após o lançamento de uma ofensiva militar do grupo palestino Hamas, a partir do enclave.
"Estamos impondo um cerco total à Gaza (...) nem eletricidade, nem comida, nem água, nem gás, tudo bloqueado", disse Gallant em um vídeo, referindo-se à população desse território palestino, habitado por 2,3 milhões de pessoas. "Estamos lutando contra animais e agimos em conformidade", acrescentou Gallant.
Mais de 700 israelenses perderam a vida no sul de Israel desde o lançamento, no sábado, da ofensiva do Hamas, que conseguiu infiltrar centenas de milicianos por terra, mar e ar.
No primeiro dia, os islamitas mataram até 250 pessoas que participavam de um festival de música perto do enclave, segundo a ONG Zaka, que ajudou nas operações de recuperação dos corpos.
Na Faixa de Gaza, os bombardeios israelenses mataram pelo menos 493 palestinos, de acordo com o último balanço das autoridades locais.
Combates seguem em '7 ou 8' lugares
Os combates entre o Exército israelense e combatentes palestinos em território de Israel continuam nesta segunda-feira (9) em "sete ou oito" locais ao redor da Faixa de Gaza, informou um porta-voz militar israelense 48 horas depois do início da ofensiva do movimento Hamas.
"Continuamos lutando. Há sete ou oito lugares em terreno liberado ao redor" da Faixa de Gaza, "onde ainda temos guerreiros lutando contra terroristas", disse o tenente-coronel Richard Hecht à imprensa.
"Ontem pensamos que teríamos o controle total. Espero que tenhamos no final do dia", disse Hecht.
Durante a noite, Israel lançou mais de 500 ataques aéreos e de artilharia contra grupos militantes do Hamas e da Jihad Islâmica no enclave palestino governado pelo movimento islâmico palestino Hamas.
Em dois dias de guerra, desde o início da ofensiva do Hamas na madrugada de sábado, morreram mais de 1.100 pessoas - 700, em solo israelense, e mais de 400, na Faixa de Gaza. Além disso, os combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica capturaram cerca de 100 israelenses, tanto militares como civis. (AFP)