Chegou a vez do Quarteto Fantástico finalmente estrear no MCU (ainda que não na Terra 616). Sob a direção de Matt Shakman, Primeiros Passos apresenta o grupo em uma realidade alternativa, a Terra 828. E o ponto de partida aqui já é bem diferente do convencional: o time está em atividade há quatro anos, reconhecido como os maiores heróis do planeta.

Mas é justamente em um momento de relativa paz que eles se deparam com a maior ameaça até então: a chegada da Surfista Prateada (Julia Garner), anunciando que Galactus (Ralph Ineson) está a caminho e marcando o planeta para morrer.

Uma ameaça chega do espaço. Foto: Marvel Studios/Divulgação.

 

A partir daí, o filme se torna uma corrida contra o tempo para encontrar uma solução que impeça a destruição do planeta, ao mesmo tempo em que tenta tranquilizar a população mundial diante do possível fim do mundo.


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Um universo que já respira por conta própria

Assim como visto no novo Superman (James Gunn, 2025), lançado recentemente, Quarteto Fantástico se ambienta em um mundo onde os heróis já são conhecidos mundialmente, com passados estabelecidos e aventuras vividas. 

Nada de histórias de origem ou descobertas de poder: aqui, tudo já está em curso, trazendo um frescor narrativo. Os quatro integrantes são parte da cultura pop daquele universo, quase como celebridades: aparecem em comerciais, desenhos animados, caixas de cereais e até influenciam a política global por meio da Fundação Futuro.

O Quarteto Fantástico sendo apresentado na TV, fazendo uma referência à clássica aparição dos Beatles em 1964. Foto: Marvel Studios/Divulgação.

 

Essa escolha, porém, impõe um desafio: contar uma nova história com tantos elementos pré-estabelecidos exige agilidade. A trama avança constantemente, sem grandes pausas, o que compromete um pouco o peso emocional dos acontecimentos (mas garante um ritmo empolgante do começo ao fim).

Cores, inocência e espírito dos quadrinhos clássicos

Outro ponto em comum com Superman é o aceno direto à Era de Prata dos quadrinhos. Ou seja, o universo de Quarteto Fantástico é vibrante, repleto de vilões extravagantes, com uma população mais inocente e maravilhada diante de seres superpoderosos e tecnologias absurdas — que não exigem justificativas científicas plausíveis.

Essa escolha estética funciona muito bem e ajuda o filme a se destacar dentro do universo Marvel. Ele não tenta justificar ou se desculpar por ser inspirado em HQs: ele abraça sua origem com muito respeito.

Uma família com química e personalidade

O elenco também merece destaque. O grupo funciona como uma família de verdade. Cada personagem tem uma função clara, uma personalidade distinta e, juntos, constroem uma dinâmica envolvente.

Reed Richards (Pedro Pascal) é o maior cientista da Terra, sempre tentando ajudar a humanidade. Mas, ao mesmo tempo, vive atormentado pela sua capacidade de prever tragédias, especialmente quando não encontra uma solução clara.

Sue Storm (Vanessa Kirby) é a matriarca, a bússola moral do grupo, a figura que guia o quarteto na direção certa e representa politicamente a equipe na Fundação Futuro.

Johnny Storm (Joseph Quinn) é o jovem carismático, sempre em busca de novas aventuras, mas também um curioso incansável em busca de novas formas de contribuir com a equipe.

Já Ben Grimm (Ebon Moss-Bachrach) é o gigante gentil: o mais sensível do grupo, adorado pelas crianças, atento às emoções de todos, mas também sempre pronto para a briga quando necessário.

A isso tudo, soma-se uma direção de arte inspirada, com visual retrofuturista calcado nos anos 1960, uma fotografia que intensifica a paleta de cores vibrantes e uma trilha sonora que acompanha bem o tom aventuresco e grandioso da história.

A estética retrofuturista de Quarteto Fantástico. Foto: Marvel Studios/Divulgação.

 

Quantas cenas pós-créditos tem Quarteto Fantástico: Primeiros passos?

Quarteto Fantástico possui duas pós-créditos. Elas funcionam no mesmo esquema de diversos filmes de super heróis: você vai encontrar uma cena logo após aqueles créditos mais estilizados, e uma segunda que vem ao final de tudo.

Sem dar spoilers, a primeira é aquela que vai dar pistas sobre o futuro do MCU, mais especificamente direcionado para Vingadores: Doomsday (2026). Já a segunda é apenas uma piada interna com base em um momento do filme. Se estiver com pressa, pode sair após a primeira.

Vale a pena assistir Quarteto Fantástico: Primeiros Passos?

Se você ainda acompanha o MCU e está interessado com o futuro desse universo, com certeza é um capítulo que vale a pena ir conferir. Se você é fã desses personagens, essa é sem dúvidas a melhor versão live-action do supergrupo até hoje.

O filme não revoluciona o gênero, mas traz um sopro de novidade ao contar uma história fechada, que não depende de nenhum conteúdo anterior da saga. Com personagens bem construídos, estética marcante e um tom leve e aventuresco, Primeiros Passos consegue divertir e abrir novas possibilidades.

Quarteto Fantástico: Primeiros Passos está em cartaz nos cinemas.

Quais os próximos filmes do MCU?

A fase 6 do universo Marvel continua com:

  • Homem-Aranha: Um Novo Dia - 30 de julho de 2026
  • Vingadores: Doomsday - 17 de dezembro de 2026
  • Vingadores: Guerras Secretas - 16 de dezembro de 2027

 

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