Prédio do Iepha na Praça da Liberdade recebe servidores deslocados da Cidade Administrativa

Duas semanas após o Governo de Minas Gerais anunciar a suspensão do expediente presencial dos edifícios Minas e Gerais na Cidade Administrativa, devido à interdição dos elevadores no local, outros prédios do governo localizados no Centro de Belo Horizonte estão sendo reajustados para receber alguns servidores. Além do prédio que abriga a Rede Minas de Televisão e a Rádio Inconfidência, o prédio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), na Praça da Liberdade, também está sendo usado para receber servidores da Cidade Administrativa. 

Segundo fontes revelaram à reportagem, cerca de 35 funcionários da Secretarial Estadual da Cultura (Secult), que ficava no 11º andar do edifício Gerais, estão sendo realocados no prédio do Iepha. A Casa Civil também teria encaminhado cerca de cinco funcionários para o local. Servidores do Iepha informaram a O TEMPO que um andar que estava vazio, em obras, para receber a Pinacoteca Cemig Minas Gerais e do Centro do Patrimônio Cultural Cemig, está sendo arrumado para abrigar os funcionários deslocados da Cidade Administrativa e, portanto, o funcionamento do órgão de patrimônio histórico não está sendo prejudicado. 

A situação, entretanto, seria diferente no Centro de Cultura Presidente Itamar Franco, prédio que abriga a Rede Minas de Televisão e da Rádio Inconfidência, localizado no Barro Preto, região Centro-Sul da capital. Segundo o jornal O TEMPO já havia informado com exclusividade, funcionários da rádio foram desalojados de seus postos de trabalho e deslocados para o subsolo do prédio, onde também funciona a redação da rede de televisão. Uma fonte informou à reportagem que o segundo andar inteiro do prédio já foi esvaziado para receber servidores da Cidade Administrativa. 

O Governo de Estado não respondeu os questionamentos da reportagem sobre quais secretarias estão sendo alocadas no Centro de Cultura Presidente Itamar Franco e quantos servidores foram deslocados. A reportagem também questionou se outros prédios estão recebendo funcionários da Cidade Administrativa. A Rede Minas, a Rádio Inconfidência e o Iepha também foram questionados sobre os impactos, mas não responderam o contato da reportagem.

Entenda o problema

Os elevadores dos prédios Minas e Gerais da sede do Poder Público estadual estão paralisados desde o dia 10 de maio após laudo técnico detectar problema estrutural nos equipamentos. A expectativa é que somente ao final de 2024, após reparos, os elevadores voltarão a funcionar.

Com isso, parte dos servidores da Cidade Administrativa, cerca de 7.000 dos 8.000 que trabalham na sede do Poder Executivo, foi colocada em home office. Há, porém, funcionários que, pelas funções que ocupam, precisam manter o regime presencial. Por isso, o governo informou que está readequando os primeiros andares dos edifícios na Cidade Administrativa para receber os funcionários que precisam continuar no regime presencial.