A proposta de reajuste de 5,26% do salário dos professores da rede estadual de Minas Gerais foi adiado e saiu da pauta de votações da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O projeto seria analisado na manhã desta quarta-feira (23 de abril), mas a apresentação de emendas no plenário acabou fazendo o projeto retornar para análise das comissões. O aumento, quando aprovado, será retroativo a 1° de janeiro deste ano.

A estratégia da oposição ao governo é utilizar o projeto para estender reajustes a todas as carreiras da administração direta. A deputada Beatriz Cerqueira (PT), presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG, destacou a importância das emendas incluídas no projeto original do governo. 

“A primeira emenda que nós apresentamos é para fazer uma correção e criar mecanismo para impedir que servidores de Minas recebam menos que um salário mínimo; a segunda emenda do nosso bloco autoriza o Estado a estender o mesmo reajuste da Educação a todas as carreiras do funcionalismo, considerando que o Estado se recusa a enviar o projeto de recomposição; a terceira emenda é específica para as carreiras do Colégio Tiradentes, prevendo o mesmo reajuste e a quarta a gente assinou autorizando a recomposição (de 5,26%) também para a segurança pública”, destaca a parlamentar.

No caso das forças de segurança, o reajuste é menor do que as perdas inflacionárias calculadas pelos representantes da categoria, mas é o caminho possível agora, avalia o deputado Sargentos Rodrigues (PL). Ele criticou o governo de Romeu Zema (Novo) e pediu respeito aos trabalhadores.

“A segurança pública acumula nos últimos dez anos uma perda inflacionária da ordem de 44%. Eu não faria uma emenda com esse montante, pois haveria uma série de impedimentos e desânimo entre os parlamentares. Por isso fizemos a emenda de 5,26%, retroativa a 1° de janeiro, nos mesmos moldes que o projeto de lei, de autoria do governador, concede aos profissionais da Educação. É injusto que a segurança pública não tenha o mínimo de reconhecimento e a recomposição de uma parte dessas perdas inflacionárias”, destaca.

A proposta de reajuste da Educação agora segue para a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia, para que os membros do colegiado avaliem as emendas antes de voltar para análise, ainda em primeiro turno, no plenário do Legislativo mineiro.