O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) defende o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para concorrer em 2026 contra o atual mandatário Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante a participação no ato de 7 de Setembro em Belo Horizonte, Nikolas discursou para o grupo que ocupou parte da Praça da Liberdade e reforçou que a direita buscará garantir a candidatura de Bolsonaro para o próximo pleito.

Bolsonaro está inelegível até 2030 por abuso de poder político. Além disso, está sendo julgado, no Supremo Tribunal Federal (STF), por envolvimento na suposta tentativa de golpe.

Nikolas evitou citar alternativas para 2026, reforçando que o candidato da direita será Bolsonaro e defendendo união contra o PT e o presidente Lula.

“As coisas com relação ao Bolsonaro não estão decididas ainda. Ele pode vir à Presidência da República também, porque o Lula estava preso. Por que não o Bolsonaro? Ou seja, tem muita coisa para rolar ainda, mas que a gente precisa ligar as forças. Isso aí eu já falei, vou repetir: para mim, até que o jogo não acabe, o Bolsonaro continua na corrida eleitoral”, afirma. “O único candidato que tem apoio incondicional é o Jair Bolsonaro. Todos os demais passam por ele”.

Em seguida, à imprensa, Nikolas disse que preferia não aprofundar o assunto das eleições de 2026, reforçando que o 7 de Setembro tem como objetivo a anistia dos réus de 8 de janeiro e o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.

“A gente vê que os juízes passaram a ser, de fato, uma Corte política e não uma Corte para ser guardiã da Constituição. É uma lástima, uma vergonha, não só para o direito, mas também para todo o país”, argumentou Nikolas.

Entre os manifestantes que estiveram presentes no ato na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, Bolsonaro também é o candidato para 2026. Gritos de “Volta, Bolsonaro”, “Fora Lula” e “Fora Moraes” marcaram o ato na capital mineira.

Apesar de outros nomes estarem na expectativa de candidatura, como o do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que não compareceu à manifestação na Praça da Liberdade, os mineiros da direita ainda enxergam a figura de Bolsonaro como concorrente à Presidência.

A aposentada Marília Emília Lage, por exemplo, fez boa avaliação do governo Zema, mas cravou: “Para a Presidência, é o Bolsonaro. Eu acho que não tem segunda via, é Bolsonaro e ponto”.

A opinião é compartilhada pela empresária Juliana Melo, que também não vê um momento para candidatura de Zema. Ela reforçou a importância do ato de 7 de Setembro. “É uma luta pelo Brasil e que todos unidos jamais serão vencidos ao rumo de uma pátria amada”.

O deputado estadual Bruno Engler (PL), outro a discursar no ato, reforçou o entendimento e ainda destacou as pressões que o país vem sofrendo dos Estados Unidos, vinculadas ao julgamento de Bolsonaro.

"O mundo está vendo os absurdos que ocorrem aqui no nosso país. E providências estão sendo tomadas. Para encerrar, gente, eu quero dizer que é muito simbólico nós estarmos aqui hoje, no dia 7/9, 203 anos depois do grito da independência, para aguardar mais uma vez a independência do nosso país. Independência da tirania, independência do autoritarismo judicial", argumentou.