O impasse entre a oposição e a base do governo Zema na ALMG segue em torno da votação dos projetos do Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal (PAF III) e do reajuste salarial de 12% para a educação.

Nesta quarta-feira (5), por falta de quórum, a sessão plenária das 14h, em que as duas matérias estavam na pauta, caiu. Outra reunião extraordinária está marcada para 18h, mas não há garantia de que se vote algum projeto ainda nesta quarta-feira. 

Conforme vem mostrando O TEMPO, na semana passada, a oposição obstruiu a pauta e impediu que as matérias fossem votadas. Os deputados contrários pedem que a pauta seja invertida, ou seja, a recomposição aos professores seja votada primeiro, para depois votar o PAF, no entanto, o governo defende que sem a aprovação do PAF o reajuste inviabiliza.

Com a não aprovação da matéria na semana passada, o governo perdeu o prazo estipulado pela União, na última sexta-feira (30/6)  para aderir ao programa e teria que desembolsar R$ 15 bilhões da dívida. O Executivo tenta no STF adiar esse prazo e evitar o pagamento do valor, no entanto, corre contra o tempo para aprovar a matéria

Já a oposição, aponta falta de transparência do governo e informações claras sobre a matéria, considerada pré-requisito para a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), medida que encontra resistência da oposição.