Pré-candidato

Reginaldo Lopes inicia agendas pelo Estado após sinal verde do PT

Reuniões de olho em 2022 começaram após o aval do ex-presidente Lula, que sugeriu que ele concorresse ao governo e não ao Senado

Por Lucas Henrique Gomes
Publicado em 15 de junho de 2021 | 06:00
 
 
 
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O deputado federal Reginaldo Lopes (PT) já iniciou as agendas como pré-candidato ao governo de Minas pelo partido. De acordo com o próprio parlamentar, que dá entrevistas como um dos postulantes ao Executivo, as reuniões de olho em 2022 começaram após o aval do ex-presidente Lula, que sugeriu que ele concorresse ao governo. Inicialmente, Lopes tinha intenção de concorrer ao Senado.

“Fui convidado pelo presidente Lula, e, a partir da conversa, ele me deu a missão para construir o projeto, botar o bloco na rua e discutir o programa de governo para Minas, a partir daí vou me apresentar. Fui ao presidente Lula, tinha um movimento pra eu me candidatar ao Senado, o presidente me aconselhou ao governo, para organizar o partido e, lá na frente, a gente avaliar se continuo como candidato a governador ou senador”, contou Lopes.

O parlamentar afirmou que já fez mais de 200 reuniões de forma virtual e vai continuar a fazer os encontros, onde tem abordado propostas que visam à recuperação econômica e à diminuição da desigualdade social, embora ele pretenda abordar outras temáticas a partir de agora – além de visitar as quatro maiores prefeituras comandadas pelo PT no Estado: Contagem, João Monlevade, Juiz de Fora e Teófilo Otoni. 

“Estou conversando com os deputados, já comuniquei minha tendência, agora estou conversando com outras forças políticas e vou organizar um estudo sobre Minas e apresentarei para o Estado e para o presidente Lula. Espero que a decisão sobre aliança só ocorra em maio, trabalho com esse timing”, avaliou Lopes. 

Questionado sobre alianças e sobre a possibilidade de realizar uma “prévia” antes das definições do partido, Reginaldo Lopes disse que o ano de 2021 é para ele fazer agendas e reuniões e, no ano que vem, debaterá com “outros players que existirem no PT ou que queiram coligar com o partido”. Sobre o prefeito de BH,

Alexandre Kalil (PSD), ao qual figuras petistas importantes têm feito acenos, Lopes afirmou ser amigo de Kalil, mas que não sabe “de qual lado ele está”. Segundo ele, ainda não é o momento de discutir alianças, mas que hoje, no Brasil, existem apenas dois olhares sobre o país.

O petista não poupou críticas ao governador Romeu Zema (Novo), que considerou que não soube conduzir o acordo de ressarcimento da Lei Kandir. Para além das críticas costumeiras de membros do PT ao governo de Jair Bolsonaro, Reginaldo considerou que só seria um bom governador se tivesse Lula no Palácio do Planalto em 2023. “Minas não pode perder a oportunidade de ter alguém que dialoga com o governo federal, que represente o presidente Lula de fato”, disse. 

Perguntado, então, se abriria mão da candidatura ao governo de Minas caso o cenário político ou jurídico afastasse uma vitória do ex-presidente Lula, Reginaldo rechaçou a possibilidade e disse que Minas Gerais também não tem saída. Portanto, seria candidato em qualquer cenário para encontrar soluções para o Estado.

Procurado pela coluna, o deputado estadual Cristiano Silveira, presidente do PT em Minas, afirmou que qualquer liderança do partido pode construir sua pré-candidatura e que Reginaldo Lopes é hoje uma das principais lideranças da sigla no Estado. 

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