Pré-candidato ao governo de Minas, o senador Carlos Viana (MDB) não descarta ser o palanque mineiro para o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições nem mesmo ter o PSD, partido do ex-prefeito de BH e também pré-candidato ao governo, Alexandre Kalil, em sua base.
“Como parece que o Zema negou caminhar junto com o presidente, Bolsonaro pode buscar um novo apoio aqui (em Minas), e eu quero estar com ele. Se o Zema não quiser, eu quero. O presidente é muito bem-vindo nessa aliança”, afirmou Viana.
Segundo o senador, que foi vice-líder de Bolsonaro no Senado, ele mantém conversas com o presidente e com o PL a fim de viabilizar essa aliança. De acordo com o parlamentar, o presidente ainda não definiu palanque em Minas, e ele estaria à disposição para isso.
Porém, um ponto que poderia inviabilizar essa aliança é o fato de o MDB, partido de Viana, ter a senadora Simone Tebet como pré-candidata à Presidência. No entanto, o senador garante que tem liberdade para construir alianças no Estado independentemente das alianças do partido em nível nacional.
“O MDB já me deu essa liberdade de bancar construções nos Estados que forem melhores para o partido. Então tenho do MDB a liberação de negociar com o Bolsonaro, de continuar as negociações que a gente já começou”, afirmou o senador, que descartou a possibilidade de trocar de legenda. “Não está no meu horizonte nem é minha intenção”, pontuou.
O senador revelou ao Aparte que aguarda definições no xadrez eleitoral do Estado após o dia 2 de abril, quando se encerra o período de janela partidária, para alinhar as forças que estarão em torno de sua campanha.
O pré-candidato afirmou que já tem tratativas com alguns nomes para vice em sua chapa, no entanto preferiu não revelá-los antes das definições. Entre os partidos que o senador demonstra interesse em ter em sua campanha, ele citou o PSD, sua ex-legenda, o União Brasil e o PL, partido de Bolsonaro.
Quanto ao PSD, Viana afirma que aguarda a definição sobre o destino de Alexandre Kalil. Nos bastidores, crescem os rumores de que Kalil sairia do PSD e migraria para o PSB para se aliar ao ex-presidente Lula (PT).
“Se o Kalil sair do PSD, não vejo problema de ter o partido na minha chapa, em que poderia até oferecer a eles a vaga no Senado, com o meu amigo e colega, senador Alexandre Silveira (PSD)”, explicou.
Questionado sobre uma aliança com o União Brasil, que vem sendo discutida nacionalmente, e sobre a possibilidade de o deputado Bilac Pinto ser vice na chapa de Zema, o senador afirmou que seguem as conversas com o partido. “Até o momento o MDB mantém conversas sobre federação apenas com o União Brasil. Nas primeiras conversas, houve consenso sobre meu nome para governo”, disse.