No Rio de Janeiro

Bolsonaro volta a questionar resultado da eleição: 'Quem decidiu não foi o povo'

O ex-presidente acusou interferência no processo eleitoral em que saiu derrotado para o atual chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva

Por Lucyenne Landim
Publicado em 26 de novembro de 2023 | 08:59
 
 
 
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Conhecido por atacar as urnas eletrônicas e acusar o risco não comprovado de fraude no sistema eleitoral, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a questionar a segurança no resultado das eleições de outubro de 2022, em que saiu derrotado no segundo turno para o atual mandatário Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com ele, "quem decidiu [o resultado] não foi o povo".

"Ninguém entende o que aconteceu em outubro do ano passado. Se eu sou o ex mais querido do Brasil, não sou ex por causa do povo. A grande maioria do povo está conosco. Isso que aconteceu, dispenso palavras. Vocês bem sabem quem interferiu e quem decidiu nas eleições. Repito, quem decidiu não foi o povo. O povo não foi respeitado. Mas vamos considerar o ano passado uma página virada", disse.

Logo depois de acusar uma interferência no processo eleitoral, Bolsonaro fez referência à proposta que limita os poderes de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), freando as decisões monocráticas (concedidas por apenas um ministro). A pauta foi aprovada na última quarta-feira (22) pelo Senado e segue, agora, para análise na Câmara dos Deputados.

“Os fatos dessa semana, ocorridos entre dois poderes em Brasília, bem demonstram o quão podre é este sistema, por quanto tempo esse sistema dominou o nosso Brasil. [...] Eu quero dizer que pesem as feridas, os ataques, as perseguições, aquilo que realmente nós não merecemos, mas isso tudo serve de vacina para nós garantirmos o futuro dessa garotada", declarou no sábado (25), em evento do Partido Liberal no Rio de Janeiro.

Ao longo de seu mandato entre 2019 e 2022, e especialmente no ano eleitoral em que perdeu a reeleição, Bolsonaro alimentou embates com o Judiciário, a quem acusou diversas vezes de conceder decisões imparciais. O ex-presidente protagonizou momentos de tensão direta com o ministro Alexandre de Moraes, que também presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições do último ano.

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