Ao lado do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), o pastor bolsonarista Anderson Silva disse em um podcast em seu canal no You Tube que os evangélicos têm que pedir a Deus para matar os seus inimigos, quebrar a mandíbula do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e prostrar enfermidades nos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Falta a gente orar assim: senhor, arrebenta a mandíbula do Lula. Senhor, prostra enfermos os ministros do STF para que eles te conheçam no leito de enfermidade”, afirmou Anderson Silva, que é líder da igreja Vivo Por Ti, de Brasília. Nikolas Ferreira e duas mulheres que participam do podcast “Tretas e Diálogos” riram da afirmação.

Antes, Anderson Silva pediu orações contra todos os “inimigos”. “Salmos 2 diz que o Senhor está rindo. Rindo por quê? Porque ele é capaz de destruir o imperador da terra. Então assim, ó, falta essas orações imprecatórias dos salmistas. Senhor, mata meus inimigos, quebra os dentes dos meus inimigos.”

As falas do pastor foram veiculadas há um mês, mas passarram a circular nas redes sociais nesta sexta-feira (16), após trechos do vídeo serem destacados no Twitter por Vinícius Betiol, mestre em Geopolítica e autor do livro “A arte da guerra online: como enfrentar as redes de extrema direita na internet”.  “Precisamos fazer isso chegar no Alexandre de Moraes”, pede ele. 

No mesmo podcast, o pastor Anderson Silva trata homossexuais como pecadores e afirma que a “raiz da homossexualidade” é a orfandade. “O cara está fugindo do pai que teve ou do pai que não teve. Ele quer compensar isso no colo de um homem”, comenta.

Silva critica a “emancipação ideológica” que fez a cultura validar esse “pecado”. “Para piorar, pastores desviaram essa doutrina. Então você vai encontrar a igreja gay. Se não encontrar a igreja gay, tem os pastores liberais teologicamente”. 

Conhecido por frequentemente atacar outros pastores evangélicos e cantores gospel, Anderson Silva se filiou ao PL no início do ano passado e algumas vezes apareceu em fotos ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Suas posições incluem ataques ao feminismo, que, segundo diz, “impede a mulher de ser mãe”. 

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