BRASÍLIA – Após a demissão de Jean Paul Prates na noite de quarta-feira (15), o Ministério de Minas e Energia (MME) indicou a engenheira Magda Chambriard, de 67 anos, para exercer o cargo de presidente da Petrobras. 

Magda Chambriard é mestre em engenharia química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e engenheira civil pela mesma instituição. Ela se especializou em engenharia de reservatórios e avaliação de formações e posteriormente em produção de petróleo e gás, na hoje denominada Universidade Petrobras.

Chambriard iniciou sua carreira na Petrobras em 1980. Permaneceu na estatal por 22 anos, até ser cedida à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2002. 

Tornou-se diretora da ANP em 2008. Em 2012, chegou à diretoria-geral da agência no governo Dilma Rousseff (PT). Na sua gestão, conduziu a ampliação das ofertas para pesquisa de áreas em novas fronteiras petrolíferas. 

Também ajudou a elaborar o formato de partilha de produção do pré-sal, em que a União recebe parte do óleo-lucro produzido pelas empresas concessionárias e acredita que o País, puxado pela Petrobras, deve aumentar significativamente sua capacidade de refino para produzir mais diesel e diminuir a dependência das importações do derivado, que variam entre 20% e 30% do volume consumido.

Chambriard permaneceu no cargo até 2016. Desde então vinha atuando como consultora na área de energia e petróleo. É sócia da empresa Chambriard Engenharia e Energia desde janeiro de 2018. Era ainda coordenadora de pesquisa de óleo e gás da FGV Energia.

A favor da exploração de petróleo na Foz do Amazonas

A futura presidente da Petrobras participou do grupo de transição na área de energia do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Chegou a ser cotada para presidir a PPSA, mas recusou. 

Nas redes sociais, ela criticou o atraso na concessão de licença do Ibama para permitir que a estatal inicie a exploração na Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, tema que dividiu a estatal e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.