BRASÍLIA - Depois de a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ser oficializada nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, a expectativa é de que, na próxima semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continue a reforma ministerial.  

Em um momento de baixa popularidade do governo nas pesquisas, Lula avalia que precisa mostrar resultados em duas áreas: Saúde e Social.

Na semana passada, Nísia Trindade foi demitida do Ministério da Saúde, para dar lugar a Alexandre Padilha (PT).

Agora, os olhos se voltam para o ministro Wellington Dias (PT). Um fato curioso é que a reforma ministerial até o momento só tem mexido nas pastas comandas por petistas, e a avaliação é de que o PT não deve abrir mão da pasta, considerada de suma importância pelo governo Lula. 

Segundo interlocutores, não há nada de novo no Desenvolvimento Social, e o Bolsa Família, por exemplo, grande símbolo das gestões anteriores de Lula, já é considerado pela população como um direito adquirido.
 
Além da falta de uma "marca de gestão" da área social, Wellington Dias causou um desconforto no Planalto, após a Casa Civil precisar divulgar uma nota para negar uma declaração do ministro de que o governo estudava reajustar o Bolsa Família. Em entrevista à Deutsch Welle, Dias disse que a medida poderia ser tomada para enfrentar o impacto do aumento no preço dos alimentos. 

Secretaria-Geral ainda na mira da reforma ministerial

O nome da deputada era cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República e surpreendeu políticos aliados. Com isso, a dúvida é sobre o futuro da pasta e o destino do atual ministro, Márcio Macêdo (PT). 

Mesmo assim, Macêdo deve ser indicado para assumir o comando do Ibama, no lugar do atual presidente Rodrigo Agostinho (PSB), após as críticas de Lula ao órgão. 

Com isso, Agostinho volta à Câmara, como suplente, no lugar da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), que ganha força para assumir o Ministério de Ciência e Tecnologia. 

A atual ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, deve ir para o Ministério das Mulheres, no lugar de Cida Gonçalves. Apesar de ser considerada uma “petista raiz”, Cida enfrenta denúncias de suposto assédio moral.