BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, na noite desta quinta-feira (31/7), 6 dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para um jantar no Palácio da Alvorada em desagravo ao ministro Alexandre de Moraes após as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos.
O objetivo era reunir todos os membros da Corte como forma de reforçar uma imagem de união nacional pela independência do Judiciário e pela soberania contra a aplicação da Lei Magnitsky sobre Moraes.
No encontro, que durou pouco mais de duas horas, estiveram presentes os ministros Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, além do próprio Moraes. Também compareceram os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias.
Por outro lado, deixaram de ir ao Alvorada os ministros Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Nunes Marques e André Mendonça. Os últimos três são apontados como uma ala “oposta” à de Moraes, que possuem ressalvas à atuação do relator.
Nesta sexta-feira (1/8), o STF retoma as atividades após o recesso. Na sessão de abertura dos trabalhos, é esperado que Barroso e outros ministros façam discursos em apoio a Alexandre de Moraes e à atuação do Supremo.
Na noite de quarta-feira, após o anúncio da aplicação da Lei Magnitsky sobre Moraes, Lula telefonou para o ministro e se solidarizou com ele. À noite, Moraes também compareceu ao jogo do Corinthians, na NeoQuímica Arena, em São Paulo.
Também após o anúncio pelo governo americano, Lula recebeu, no Palácio do Planalto, os ministros Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Luís Roberto Barroso para discutir os impactos e possíveis medidas a serem tomadas diante das sanções. No encontro, Lula reforçou que as ações do Judiciário não serão colocadas na mesa de negociação com os EUA.
Já na manhã desta quinta-feira, Lula debateu o tarifaço com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Saúde), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Jorge Messias (AGU), Rui Costa (Casa Civil) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação).