O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, divulgou uma nota na noite desta quinta-feira (6) confirmando a troca de Daniela Carneiro pelo deputado federal Celso Sabino (União-PA) no ministério do Turismo.

No documento, o ministro afirma que ele e Lula se reunirão com os líderes do União Brasil, para receber a indicação de Sabino, que comandará a pasta. Também cita que o petista esclareceu à Daniela que questões partidárias motivam a troca no Turismo.

"O presidente Lula e eu nos reuniremos com o presidente e os líderes do União Brasil, em data a ser definida amanhã, para receber a indicação do deputado Celso Sabino, que vai liderar a pasta do Turismo, dando continuidade ao trabalho pela recuperação de um setor tão importante para a geração de emprego e renda no Brasil", afirmou.

O comunicado surge como resposta a desentendimentos na comunicação do governo federal. No início da tarde, o presidente Lula se reuniu com Daniela Carneiro, Padilha, e Waguinho, marido da minisitra e prefeito de Belford Roxo, no Rio de Janeiro.

Em seguida, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta (PT), afirmou a jornalistas, no Palácio do Planalto, que o governo aguardaria a votação de temas como a reforma tributária no Congresso antes de discutir mudanças na estrutura da Esplanada dos Ministérios.

No entanto, durante a tarde, Pimenta alterou sua declaração inicial, informando que a ministra já tinha "conhecimento" de que outra pessoa seria indicada para ocupar sua função e que ela havia colocado seu cargo à disposição de Lula. 

"Hoje, o presidente Lula e eu recebemos, no Palácio do Planalto, a minha colega Daniela Carneiro, acompanhada do prefeito Waguinho. Na conversa, pudemos esclarecer as questões partidárias que motivam a troca no Ministério do Turismo, e a ministra demonstrou sua compreensão com a decisão do governo. O presidente agradeceu a ministra pelo excelente trabalho feito pela recuperação do Turismo no Brasil e pela disposição dela de permanecer contribuindo com o governo no Congresso, com o protagonismo de ser a deputada federal mais votada do Rio de Janeiro", diz Padilha em outro trecho da nota.

Após a confusão, uma nota assinada por 37 dos 59 deputados federais do União Brasil defendeu o adiamento da votação da reforma tributária no plenário na Câmara. Entre eles, Celso Sabino.