ELEIÇÕES

Bolsonaro pede que TSE atenda sugestões das Forças Armadas

Na live semanal, presidente afirmou que “quem desconfiar das eleições, “continue desconfiando

Por Levy Guimarães
Publicado em 28 de abril de 2022 | 20:11
 
 
 
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O presidente Jair Bolsonaro insistiu, nesta quinta-feira (28), que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deveria atender às sugestões das Forças Armadas para as eleições deste ano.

Em discurso no Palácio do Planalto na última quarta (28), ele disse que uma das propostas é que os militares façam uma apuração paralela à do TSE, com a instalação de um computador próprio para receber os votos.

Na live semanal desta quinta, o chefe do Executivo reforçou a ideia.

“As Forças Armadas foram convidadas [a participar do processo], continuam trabalhando. Com toda a certeza terão mais reuniões para convencer o TSE de que as sugestões, para o bem de todos, deveriam ser acolhidas”, disse.

O presidente mencionou que na última reunião, o Tribunal não teria saído convencido da necessidade dos pedidos das Forças Armadas. E disse acreditar em “eleições limpas”.

“Para o TSE, tá uma maravilha, vamos confiar nas eleições. E quem desconfiar, continue desconfiando. O que eu posso garantir para vocês: nós teremos eleições limpas no corrente ano. Isso é o que todo mundo quer, acredito que sem exceção. A não ser aquelas pessoas que pensam em fazer algo que nós não concordamos. Esse nós somos todos nós”, afirmou.

Ainda de acordo com Bolsonaro, nas sugestões ao TSE, "em nenhum momento" os militares mencionaram o voto em papel. O presidente é um defensor do voto impresso.

Em agosto do ano passado, a Corte Eleitoral pediu ao Ministério da Defesa a indicação de um representante das Forças Armadas para a comissão de transparência das eleições.

Em fevereiro, a pedido do próprio TSE, as Forças Armadas encaminharam propostas para tornar mais seguro o processo eletrônico de votação. Na verdade, foram mais perguntas sobre o processo do que propostas de alterações.

Os militares encaminharam 80 perguntas, respondidas pelos técnicos do tribunal em um relatório de 700 páginas. 

O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) pediu enviou ofícios ao ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Oliveira, que tornassem públicas as perguntas e as respostas. Oliveira não tomou a providência.

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