Durante reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e representantes dos Executivos estaduais, a governadora interina do Distrito Federal, Celina Leão (PP), defendeu o governador afastado Ibaneis Rocha (MDB), condenou os atos antidemocráticos e se colocou à disposição do presidente Lula. Foi aplaudida pelos presentes duas vezes.
"Governo do DF não vai tolerar vandalismos e atos golpistas como os que aconteceram ontem", declarou. Ela ainda defendeu inocência de Ibaneis, afirmando que ele recebeu “informações equivocadas”
Durante a madrugada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, mandou afastar Ibaneis por 90 dias, em razão de omissão diante dos atos terroristas em Brasília. Ministro também intimou governadores a dissolverem acampamentos em frente aos quartéis-generais do Exército em 24h.
O encontro de emergência ocorre após as invasões e depredações nos prédios do Congresso Nacional, Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, 14 jornalistas foram agredidos.
Essa é a primeira reunião de Lula com os 27 governadores. O encontro precisou ser antecipado após as ocorrências violentas do fim de semana. Antes, estava previsto para 27 de janeiro, como mostrou O TEMPO.
Em decorrência da invasão em Brasília, o presidente Lula decretou intervenção federal no DF até 31 de janeiro de 2023. O interventor é o jornalista Ricardo Garcia Cappelli, que fica subordinado ao chefe do Executivo federal.
Segundo o Ministério da Justiça, já foram presas 1.200 pessoas envolvidas nos atos de violência. Somando os que já haviam sido detidos e estavam desde a noite de ontem na Polícia Civil, ao todo, até o final da tarde desta segunda, o número total de presos era de 1.500.
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