Combustíveis

Petrobras notifica Bolsonaro sobre risco de faltar diesel no país

Conselheiros da Petrobras se dizem perplexos com o fato de o governo Bolsonaro até agora não ter apresentado ao país um plano de emergência para enfrentar uma provável escassez do diesel

Por O Tempo Brasília
Publicado em 27 de maio de 2022 | 08:30
 
 
 
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Não bastassem os preços cada vez mais altos, há o risco de faltar diesel nas bombas dos postos de combustíveis de todo Brasil. O alerta é da Petrobras, que enviou um ofício ao governo federal com a informação sobre a forte possibilidade de haver desabastecimento no país.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus ministros já haviam recebido o alerta, mas de maneira informal. A diretoria da empresa decidiu, no entanto, enviar um documento ao governo com os dados. 

Dessa forma, a equipe de Bolsonaro e o presidente não poderão alegar desconhecimento nem jogar a responsabilidade sobre o desabastecimento na direção da companhia caso a crise, de fato, se instale.

Conselheiros da Petrobras se dizem perplexos com o fato de o governo Bolsonaro até agora não ter apresentado ao país um plano de emergência para enfrentar uma provável escassez do diesel.

A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (27). 

Escassez de combustível justifica alta dos preços, segundo Petrobras

A escassez do combustível é uma das justificativas da empresa para defender a sua venda a preço de mercado. Qualquer alteração na regra, diz, poderá afetar a importação do produto e agravar a situação, que já é delicada.

As bombas ficariam secas justamente no terceiro trimestre, quando a demanda por diesel aumenta sazonalmente no Brasil e nos Estados Unidos. A época é a de maior exportação de grãos pelo país. Uma crise poderia afetar o Produto Interno Brasileiro (PIB) brasileiro.

O jornal lembrou que o mundo passa pela mais grave escassez de combustível em 14 anos, por causa da guerra da Rússia contra a Ucrânia

A Rússia, que sofre sanções, é um dos maiores exportadores de petróleo do mundo. Com estoques internacionais em níveis mínimos históricos, refinarias do Golfo dos EUA, que fornecem ao Brasil, por exemplo, começaram a redirecionar cargas para a Europa. (Com Folhapress)

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