'Professor não teve atraso no salário e ficou em casa', diz Milton Ribeiro

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que durante a pandemia de coronavírus, cujas medidas restritivas para conter o vírus fecharam as escolas brasileiras, o pagamento dos salários dos professores não atrasou, mesmo que eles tenham ficado em casa. 

"No meio de uma pandemia, diante dos recursos que diminuíram e do lockdown, tive que me conformar com a manutenção daquilo que tínhamos. Não houve no MEC nenhum movimento, nenhum professor de escola federal, reclamando de atraso no pagamento de seu salário, e eles ficaram em casa", declarou o ministro.

Ribeiro, no entanto, não menciona os esforços dos professores, tanto universitários quanto do ensino básico, para oferecer aulas virtuais, inclusive em canais televisivos.

"Isso foi feito por uma gestão séria, porque optamos pelas prioridades, e uma delas foi manter os salários dos servidores", acrescentou Ribeiro.

A declaração veio em coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (29), para anunciar o balanço do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021. Também participaram da coletiva o presidente dos Correios, Floriano Peixoto, o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Danilo Dupas, e o delegado da Polícia Federal Cléo Mazzotti.

O ministro foi questionado sobre a falta de execução do orçamento de R$ 220 milhões destinado ao programa Escola Conectada, que deveria levar internet para os alunos de escolas públicas.

Pouco tempo antes do questionamento, Ribeiro informou que "não faltam recursos para a educação no Brasil, falta gestão". 

Desde que as escolas foram fechadas para evitar a disseminação do coronavírus, em 2020, professores e educadores da rede pública se protegeram em casa, de onde continuaram lecionando de modo virtual.

Reportagens publicadas pela imprensa registraram cenas das dificuldades enfrentadas tanto pelos professores quanto pelos alunos para não abandonar a aprendizagem – mesmo com a instabilidade e, muitas vezes, falta de conexão de internet, além da falta de equipamentos e treinamentos necessários para o ensino remoto. 

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