BRASÍLIA - O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes negou, nesta quinta-feira (27) mais um pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por mais tempo de resposta à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil, em 2022. 

No despacho, Moraes afirmou que os advogados já tiveram amplo acesso a todas as provas reunidas pela investigação. O prazo estabelecido por ele foi de 15 dias após a notificação. Outras defesas também questionaram esse prazo, mas até o momento, nenhum pedido de prorrogação foi aceito.

O ministro destacou que os documentos mencionados pelos advogados do ex-presidente como indisponibilizados estão devidamente anexados ao processo e que o acesso aos elementos de prova foi garantido em todo o procedimento. 

"Todos os documentos mencionados pela defesa estão juntados nos autos da Pet 12.100/DF, assim como nos procedimentos relacionados", explicou o ministro.  

A defesa de Bolsonaro havia solicitado 83 dias para responder à denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, o mesmo tempo utilizado pela PGR para analisar o relatório da Polícia Federal (PF). Além disso, foi solicitada também que a resposta dos outros denunciados fosse apresentada após a de Mauro Cid, que fechou acordo de delação premiada.