BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) deu autorização para o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, visitar Jair Bolsonaro (PL) na prisão domiciliar, em Brasília. A permissão é assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal contra Bolsonaro, e o encontro acontecerá em 28 de agosto, conforme marcado pela Corte, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou conhecimento da visita.

Apesar da autorização e da visita marcada, a defesa de Bolsonaro pediu ao STF, na sexta-feira (15/8), que seis lideranças do PL tenham acesso livre a ele na prisão domiciliar sem a necessidade de permissão prévia da Corte. A lista inclui o próprio Valdemar, e também os líderes do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), e da minoria, deputada Caroline de Toni (SC).

O pedido de Bolsonaro também se estende ao líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), ao vice-presidente da Câmara, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), e ao vice-presidente estadual do PL, Bruno Scheid. A lista só não contempla o líder da oposição na Câmara, Zucco (PL-RS). Ele esteve com Bolsonaro nessa quinta-feira (14/8), mas a visita gerou indisposição com a ex-primeira-dama Michelle.

A solicitação feita por Bolsonaro ao relator da ação em que é réu, ministro Alexandre de Moraes, argumenta que os encontros com os líderes é necessária diante do papel que o ex-presidente exerce em seu núcleo político.

"Pretende-se que a estas pessoas seja concedido o mesmo regime de acesso atualmente franqueado aos advogados constituídos, de forma livre e sem necessidade prévia de autorização judicial a cada ocasião. Tal medida se justifica pela relevância institucional e pela função de liderança exercida por tais autoridades, cuja interação com o peticionante [Bolsonaro] é frequente e necessária", justifica a defesa.

"Tal solicitação de prioridades se fundamenta na necessidade de garantir a máxima flexibilidade para as lideranças políticas acima listadas, ao mesmo tempo em que se preserva o controle judicial sobre a medida cautelar imposta", completa.