O advogado Daniel Bialski, que representa o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, classificou a prisão preventiva, decretada nesta quarta-feira (22), como "injusta, desmotivada e indiscutivelmente desnecessária". Ele pretende entrar com Habeas Corpus e recorrer da ordem de prisão.
Ribeiro e pastores foram presos nesta manhã pela Polícia Federal em investigação que apura um esquema para liberação de verbas do MEC. A suspeita é de que havia um gabinete paralelo na pasta.
A ordem de prisão foi expedida pela 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, onde o caso tramita desde maio. A decisão e o embasamento da decisão não foram divulgados até o momento.
De início, a investigação estava no Supremo Tribunal Federal (STF), mas Ribeiro foi afastado do cargo e perdeu o foro por prerrogativa.
Em nota, a defesa de Ribeiro fala em "reconhecimento da coação ilegal" na prisão, isso porque, segundo ele, os fatos são antigos e "sem contemporaneidade". "Não se poderia decretar a medida excepcional", afirma Bialski.
Audiência de custódia prevista para quinta
Milton Ribeiro deve passar por uma audiência de custódia nesta quinta-feira (23), em Brasília, às 14h. O ex-ministro foi preso em Santos, no litoral paulista, mas o juiz do DF quer que ele seja enviado para a capital federal. A defesa também vai pedir que ele seja mantido em São Paulo.
Bialski disse ainda que foi acionado pela manhã "quando a Polícia Federal cumpria a busca e o mandado de busca e apreensão na casa do ex-ministro ”.
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