O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para manter a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) no banco dos réus e ser julgada pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
Até a publicação desta reportagem, oito dos dez ministros já haviam votado - todos pela rejeição do recurso apresentado pela defesa contra a abertura do processo criminal contra a deputada. Ainda não haviam se manifestado os ministros Nunes Marques e o presidente do Tribunal, Luís Roberto Barroso. O julgamento se encerra às 23h59 desta sexta-feira (24).
Zambelli foi denunciada pela Procuradoria Geral da República (PGR) por sacar uma arma de fogo e perseguir o jornalista Luan Araújo pelas ruas dos Jardins, bairro de elite da capital paulista. A perseguição começou após os dois trocarem provocações durante um ato político às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.
A defesa de Carla Zambelli tentava tirar o processo do STF, alegando que o caso não tem relação com o exercício do mandato e deveria ser analisado na primeira instância.
De acordo com o advogado Daniel Bialski, que representa a parlamentar, o recurso foi apresentado à Justiça com o intuito de esclarecer pontos considerados “contraditórios” na decisão que tornou Zambelli ré. Para ele, a decisão que se encaminha para ser formada pelo STF não prejudica em nada a deputada", afirmou.