A Polícia Federal informou que a Diretoria de Crimes Cibernéticos irá instaurar, nesta terça-feira (12), inquérito policial para investigar a invasão ao perfil da primeira-dama, Janja Lula da Silva, no X, antigo Twitter.

A conta foi invadida na última segunda-feira (11) e cerca de 30 publicações, entre textos e vídeos, com mensagens ofensivas contra ela, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, foram publicadas. 

A pedido da PF, o perfil foi bloqueado para novas publicações e as informações do perfil - bio e posts antigos - não aparecem mais.

A Advocacia Geral da União (AGU) também informou que uma notificação extrajudicial foi enviada ao X pedindo o congelamento da conta até o fim das apurações da PF, além da preservação de dados de acesso, mensagens diretas e endereços de IP. 

A conta de Janja nessa rede social tem mais de 1 milhão de seguidores. Em um dos áudios publicados, o hacker dizia saber que a Polícia Federal iria investigar o caso e que ele "não estava nem aí”.

"Não sei se vai dar alguma coisa. Talvez não dê, talvez dê, depende do sistema judiciário desse país, que é quebrado, por sinal". Ele também classificou a invasão, que começou por volta das 21h40 na rede social, como uma "zoeira". 

Além das ofensas contra autoridades brasileiras, o hacker também publicou mensagens de conteúdo misógino, onde afirmava que a primeira-dama traiu o presidente Lula com o jogador de futebol Neymar. Além disso, ele fez publicações chamando o presidente de "vagabundo" e textos de cunho sexual e ofensivo às mulheres.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, disse que "os criminosos que participaram deste crime não ficarão impunes".