BRASÍLIA - Gilberto Firmo, tio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi solto neste sábado (2/8), após passar por audiência de custódia. Ele foi preso na sexta-feira (1º/8) por armazenamento de conteúdo de exploração sexual infantojuvenil.  

O juiz responsável pela liberação, porém, determinou medidas que devem ser cumpridas por Gilberto, que tem deficiência auditiva. Entre elas, a proibição de sair do Distrito Federal por mais de 30 dias e a obrigação de manter o endereço atualizado e a comparecer aos atos do processo. 

A prisão do homem na sexta-feira foi conduzida pela Polícia Civil de Goiás em parceria com a do DF, e foi realizada na casa dele em Ceilândia, região distante cerca de 30 km do centro de Brasília.  

A detenção foi feita durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em uma investigação que apontou o compartilhamento de centenas de arquivos digitais, como imagens e vídeos, de exploração sexual infantil. Gilberto, que tem 52 anos, é apontado por carregar esse conteúdo com teor de pedofilia e fazer o compartilhamento na internet.  

Os policiais chegaram a apreender o celular do tio da ex-primeira-dama, que armazenava conteúdos criminosos com crianças e adolescentes. A prisão em flagrante dele aconteceu por esse motivo. O aparelho dele foi encaminhado para perícia.  

A operação foi deflagrada após a análise de informações recebidas por autoridades brasileiras de órgão não governamental dos Estados Unidos. A Polícia Federal (PF) também teve papel na investigação. 

A conduta criminosa é tipificada no Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê reclusão de um a quatro anos, além do pagamento de multa, para quem adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.